Olá, hoje é 03 de abril de 2025, meu nome é Afonso Schneider, sou Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Toledo-PR e falaremos sobre o cenário da suinocultura. O mercado da suinocultura nacional encontra-se num momento de desafio. Após ter se recuperado da queda de preço do suíno vivo verificada no início do ano, com as altas sucessivas nas três primeiras semanas de fevereiro, novas quedas de preço nesse mês de março reduziram o valor pago ao produtor ao patamar médio de R$ 7,70/kg suíno vivo. Apesar do ótimo ritmo das exportações neste início de ano, com acumulado de janeiro a fevereiro apresentando um acréscimo de quase 20 mil toneladas (+12,4%) de carne suína in natura embarcada, em relação ao mesmo período do ano passado, vê-se uma tendência de baixa liquidez das vendas de carne suína no mercado atacadista, que combinada com uma oferta de animais que supera a demanda atual dos frigoríficos por novos lotes, tem pressionado para baixo o preço pago ao suinocultor. Analisando a destinação das exportações brasileiras neste início de ano, conclui-se pela mesma tendência de crescimento de compradores alternativos à China verificada no ano anterior, como Filipinas, Japão e México, visto que o gigante asiático vem reduzindo suas compras desde o ano passado. Preocupa o setor, além da queda que se verifica nos preços do suíno vivo, um eventual aumento dos custos de produção, notadamente do milho, principal insumo componente da ração. Isso porque a oferta do milho no mercado interno é incerta, por depender basicamente da produção da safrinha, que responde por 80% da oferta total do milho, e esta ainda se encontrar a campo, sujeita aos riscos climáticos que definirão o tamanho real da produção final. Notícia boa é o aumento que se tem verificado no consumo interno da carne suína nos últimos anos. Conforme publicado pela APCS-Associação Paulista de Criadores de Suínos, o consumo per capita de carne suína do Brasil em 2024 foi de 19,5 kg/habitante/ano. Considerando que em 2015 o consumo estimado era de 14,5 kg/habitante/ano, houve um incremento no consumo individual de quase 35% na última década. A carne suína foi a proteína animal que mais ganhou espaço na dieta do consumidor brasileiro neste período.” Ressaltamos que mesmo com o recuo nos preços recebidos pelo suinocultor nas últimas semanas de comercialização, a atividade apresenta ainda margem de rentabilidade positiva. A expectativa para o ano de 2025 continua positiva, com manutenção de bons volumes exportados e produção interna estável, devendo resultar em boas margens de rentabilidade para a atividade. O suinocultor deve manter um planejamento para a compra de insumos, acompanhando as tendências dos preços dos grãos. O Banco do Brasil oferece mecanismos de proteção de preços do grão no mercado futuro e a possibilidade de realizar o financiamento das diferentes despesas da sua produção com o Custeio Agropecuário, garantindo os melhores preços e insumos para um ciclo pecuário bem-sucedido. Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima.