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Atualmente, o melão originado da fruticultura Irrigada de Mossoró é conhecido por sua grande qualidade. Hoje é 03 de junho, sou Narcélio Góes, Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Mossoró – RN e falaremos sobre o cenário do Melão.   A produção de melão é desenvolvida com a captação de água subterrânea de poços e a implementação de sistemas de irrigação eficientes, garantindo o fornecimento adequado de água às plantações, mesmo em áreas áridas.   A irrigação e o controle de pragas e doenças são essenciais durante o ciclo de desenvolvimento do meloeiro. A colheita ocorre quando os melões atingem o ponto de maturação ideal, com base em critérios como cor, tamanho, formato e sabor. A pós-colheita inclui a classificação e o armazenamento, para garantir a qualidade e a conservação dos frutos.   O preparo de melão para exportação envolve várias etapas, desde a colheita, quando os melões devem ser selecionados e classificados de acordo com o tamanho, forma e características externas. No transporte, o foco é a qualidade e conservação. É fundamental garantir que o melão atenda aos padrões de qualidade exigidos pelo mercado internacional, incluindo aparência, tamanho, teor de açúcar (ºBrix) e ausência de defeitos.   Dependendo das práticas de produção e dos destinos de exportação, a lavagem dos melões pode ser realizada para remover restos de terra ou outros resíduos.   O transporte deve ser feito em condições de refrigeração adequadas, para prolongar a vida útil das frutas. É importante realizar um pré-resfriamento, reduzindo a temperatura o mais rapidamente possível para garantir que a temperatura da fruta se mantenha baixa durante toda a viagem. Para as variedades como Cantaloupe e Gália, o transporte deve ser feito a 0°C, enquanto para a variedade Charentais, a temperatura ideal é de 8 a 9 °C.   No Brasil, os principais estados exportadores foram o Rio Grande do Norte, Ceará, São Paulo e Pernambuco. Em 2024, o Rio Grande do Norte exportou cerca de 357 mil toneladas de melão, principalmente para a União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Chile, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. O estado é o maior produtor de melão do Brasil, com mais de 600 mil toneladas em 2024, e 59% da produção nacional.   Segundo o Comitê Executivo de Fruticultura do RN (COEX-RN), as exportações de melão potiguar podem crescer até 40% nos próximos três anos, caso seja viabilizada uma nova rota marítima direta entre o Nordeste e a China, a fim de reduzir o tempo de trânsito atual de 54 para 32 dias.   A China é atualmente o maior produtor mundial de melão, com média de 10 milhões de toneladas anuais. Apesar disso, em virtude de condições climáticas severas entre outubro e abril, os chineses ficam sem produzir a fruta, o que abre excelente janela de oportunidade ao melão brasileiro.   O melão produzido na área livre de Mossoró é a primeira fruta brasileira a ter autorização para comercialização com a China, há quatro anos.   O grande desafio do setor não é apenas a logística, mas também a limitação de trabalhadores para ampliar as áreas plantadas.   Em todas essas etapas de produção, o Banco do Brasil está presente, desde o preparo do solo, perfuração de poços para captação de água, aquisição de maquinário, construção de “packing houses”, até linhas de crédito específicas para comercialização e exportação.   Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima.