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Olá, hoje é 05 de junho de 2025, meu nome é Bruno Viglioni, sou Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Belo Horizonte-MG e falaremos sobre o cenário da suinocultura. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam que a suinocultura brasileira iniciou 2025 em ritmo de crescimento. O país abateu 14,27 milhões de cabeças de suínos no primeiro trimestre deste ano, o que representa alta de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024 e de 0,3% na comparação com o último trimestre do ano anterior. O ano de 2024 encerrou com recorde histórico no abate de suínos — 57,86 milhões de cabeças. A alta no início de 2025 é atribuída à demanda consistente no mercado interno e ao bom desempenho das exportações. As vendas externas de carne suína seguiram registrando excelente desempenho no mês de abril. O volume de carne in natura e processada exportada foi recorde para este mês e o terceiro maior da série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), iniciada em 1997. Além disso, a receita arrecadada em abril foi a segunda mais elevada da série da Secretaria. Em abril, foram escoadas 127,8 mil toneladas de produtos suinícolas, alta de 11,4% em relação ao volume de março/25 e 14,5% acima do volume de abril/24, de acordo com os dados da Secex Países da Ásia e da América Latina seguem como principais destinos da carne brasileira. As Filipinas permaneceram como o mercado mais relevante – o volume escoado ao país, em abril, somou 29,8 mil toneladas, volume 10,2% superior ao de março. À China, segundo maior destino, foram exportadas 15 mil toneladas, 7,1% a mais que em março. O preço do suíno vivo recuou nesses últimos dois meses, situando-se ao redor de R$ 8,00 o kg, mas permanecendo ainda em patamares superiores aos praticados no mesmo período do ano anterior. A queda nessas últimas duas semanas está relacionada às especulações em torno dos supostos casos de gripe aviária no Brasil, gerando incertezas e influenciando o comportamento do mercado. O embargo de diversos países à importação de carne de frango do Brasil em decorrência da constatação da gripe aviária em granja comercial no RS poderá ter reflexos, num curto prazo, na maior disponibilidade interna de carne de frango, podendo retrair o preço dessa e de outras carnes no mercado interno. Importante destacar que a atuação do Ministério da Agricultura-MAPA e dos demais órgãos estaduais e federais na análise e divulgação transparente dos possíveis casos de gripe aviária tem fortalecido o sistema de defesa sanitária do país, gerando confiança nos países importadores de carne brasileira, o que certamente beneficiará todo o complexo de exportação de proteína animal do Brasil.   Os preços médios dos principais insumos da produção de suinos nacional – farelo de soja e milho – apresentaram retrações de março para abril no mercado interno. O início da colheita do milho safrinha, que responde por 80% da oferta total do milho, deve continuar pressionando para baixo o preço do grão nos próximos meses. Ressaltamos que, mesmo com o recuo nos preços recebidos pelo suinocultor nesse último período de comercialização, a atividade continua apresentando margem de rentabilidade positiva. A expectativa para o ano de 2025 continua positiva, com manutenção de bons volumes exportados e produção interna estável, devendo resultar em boas margens de rentabilidade para a atividade. O suinocultor deve manter um planejamento para a compra de insumos, acompanhando as tendências dos preços dos grãos. O Banco do Brasil oferece mecanismos de proteção de preços do grão no mercado futuro e a possibilidade de realizar o financiamento das diferentes despesas da sua produção com o Custeio Agropecuário, garantindo os melhores preços e insumos para um ciclo pecuário bem-sucedido. Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima.