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Olá, hoje é sexta-feira 07 de julho de 2023, meu nome é Luciano Scuccuglia, Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Avaré SP e falaremos sobre o cenário da soja.

O contrato ago/23 em Chicago fechou 05/07 cotado a US$ 14,68/bushel, apresentando alta de 8% em relação ao início de junho. Os principais fundamentos para a alta estão atrelados à divulgação de dados do USDA para a safra norte-americana, que projetou redução da área de plantio nos EUA em 5% e às condições climáticas adversas, que indicam redução do potencial produtivo associado à melhora nas cotações do barril do petróleo.

No relatório de acompanhamento semanal, o USDA apontou piora na situação das lavouras, totalizando 50% entre boas e excelentes, 35% para normais e 15% para ruins e muito ruins. Acredita-se que no relatório mensal de oferta e demanda, previsto para 12/07, o órgão deva corrigir para baixo a estimativa de produção para os EUA.

Para a safra brasileira 2023/24, o USDA estima que sejam cultivados 45,6 milhões de ha, com produção total de 163 milhões de toneladas, crescimento de 4,48% ante a safra passada.

No Brasil, o indicador da soja CEPEA em 05/07 foi de R$ 142,01 por saca, apresentando alta de 4,67% em relação aos últimos 30 dias. As altas externas não refletiram na mesma magnitude nos preços internos devido à valorização do real ante ao dólar. Os prêmios nos portos registram leve melhora em relação ao mês anterior, porém ainda apresentam valores negativos, atingindo US$ 1,00/bushel negativo em Paranaguá-PR.

Segundo a NOAA, a previsão de fenômeno El Niño para a Safra 23/24 da América do Sul se mantém, com elevada probabilidade para o trimestre dezembro, janeiro e fevereiro, sendo possivelmente um dos eventos mais intensos dos últimos 70 anos.

Neste momento, o mercado externo segue sendo influenciado pelo fator clima frente às condições de desenvolvimento das lavouras dos EUA, em que a estiagem ocorrida no início da safra reduziu o potencial produtivo de algumas áreas. Porém, para as próximas semanas, as previsões são de chuvas regulares nas principais regiões produtoras, o que pode trazer volatilidade adicional às cotações da oleaginosa.

Para o produtor ter maior segurança, previsibilidade em seu fluxo de caixa e gerar oportunidades negociais para comercialização de sua safra, o BB disponibiliza a linha de crédito de investimento (PCA) destinada à construção, ampliação e reforma de unidades de recepção, beneficiamento e armazenamento de grãos.

Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima!