Olá! Hoje é segunda-feira, 10 de abril, meu nome é Analu, assessora na Diretoria de Agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciando com o nosso panorama para soja, é esperado que Na semana, o mercado fique atento ao relatório de oferta e demanda do USDA, pois é esperada uma nova redução na produção da safra argentina que poderá impactar o balanço de oferta de grão, farelo e óleo. No Brasil, as tradings chinesas deverão intensificar suas compras, fator que possibilita alguma melhora nos prêmios dos portos. A soja brasileira é a mais competitiva atualmente no cenário internacional e deverá atrair compradores. O período de concentração da colheita já ocorreu e, doravante, o fluxo nas exportações tende a melhorar. A Argentina também deverá importar soja do BR, gerando disputa com a indústria interna. Assim, as cotações internas podem reagir até o início do plantio da safra nos EUA, em função das especulações sobre as condições de clima e o tamanho da área a ser cultivada. Com a aproximação da finalização da colheita nos principais Estados produtores do Brasil, o escoamento da safra deverá se normalizar e as exportações aumentar. Diante desse cenário, os preços tendem a oscilar com viés de alta no mercado interno no curto prazo, porém, com as incertezas sobre a macroeconomia e, principalmente, frente a demanda chinesa, a previsão é de estabilidade nas cotações para o médio prazo.
No tocante ao milho, destacamos que De acordo com o Departamento de Agricultura Americano (USDA), até dois de abril foram cultivados 2% da Safra 2023/24 do cereal nos EUA. O Estado do Texas foi o que mais avançou na semeadura, alcançando 57% da área. Com o início do plantio nos EUA, o mercado externo se volta para o acompanhamento e desenvolvimento da safra norte-americana, pela sua relevância mundial. Previsões climáticas apontam cenário favorável ao início do plantio, o que pode levar à pressão negativa nas cotações no mercado externo. No Brasil, a previsão climática para semana aponta para precipitações regulares em diversas áreas produtoras do milho 2ª safra, favorecendo o desenvolvimento das lavouras e indicando bom início de ciclo. A perspectiva de boa produção para a principal safra do cereal no país, aliada a maior disponibilidade do grão com a colheita da 1ª safra ocorrendo na Região Sul, e os compradores realizando negócios de forma pontual, buscando menores preços, poderão levar as cotações no mercado interno à estabilidade com viés de baixa, seguindo o movimento ocorrido na semana anterior.
Para o café, Há uma visão otimista da safra em termos de qualidade e produção, favorecida pela perspectiva de um inverno menos preocupante em termos de adversidades climáticas. O Estoque brasileiro remanescente, ainda com oferta controlada e sem pressão de venda pelos produtores, mantém a volatilidade no curto prazo, apesar da proximidade da colheita. Ressalta-se que a proximidade das safras bem como a participação ainda comedida dos mercados tradicionais compradores do Hemisfério Norte, fruto da persistência dos custos inflacionários, continua a exercer pressão negativa nos preços mesmo com baixos estoques atuais. Assim, as pressões negativas nos preços com proximidades de colheitas e influências econômicas sobre consumo são contrabalançadas pela recuperação pouco consistente nos estoques de arábica e no conilon ICE e menor produção projetada na Indonésia, possibilitando certa estabilidade nas cotações, com até possível viés de alta no curto prazo. Contudo, os fundamentos de elevada oferta direcionam para possível pressão baixista no médio/longo prazo.
E finalizando com o Boi Gordo ressaltamos que: Com a reposição das escalas de abate dos frigoríficos, considerando também a fase do ciclo pecuário de oferta de animais e o final da safra de animais terminados no pasto, a tendência é de que os preços da arroba sofram pressão negativa nos próximos dias. As chuvas ainda ofertam condições ao pecuarista de segurar o animal no pasto. Porém, com a proximidade do fim do período chuvoso, cai a qualidade da pastagem e, tradicionalmente, se inicia o primeiro giro do confinamento. A compra antecipada de insumos e a aquisição do animal de reposição no momento oportuno são fundamentais para redução do custo da atividade. Para o primeiro giro do confinamento, os pecuaristas devem se atentar aos custos de produção, principalmente o preço do animal de reposição, e à aquisição de insumos. Estes itens representam cerca de 65% e 30%, respectivamente, no custo total da atividade. Para mitigar o risco da atividade, sugere-se a utilização de ferramentas de trava de preço, como o contrato a termo, por exemplo.
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!