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Olá! Hoje é segunda-feira, 11 de setembro, meu nome é MATHEUS PEREIRA DE QUEIROZ e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciamos nosso panorama pela soja. O clima seco pode comprometer ainda mais a safra dos EUA, prejudicando, os já reduzidos estoques de passagem do país.Os mapas atualizados pela Agência de Serviço de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA), para os próximos 07 dias, seguem com previsão de chuvas escassas, localizadas e de baixo volume, ainda com dias muito quentes, com temperaturas acima da média para os estados localizados no Meio-Oeste americano. O mercado ainda está com foco nas informações sobre a conclusão da safra 2023/24, bem como às questões de logísticas dos EUA.
O financeiro segue sensível aos indicadores das principais economias, bem como, as informações e movimentos do macro cenário diante da aversão ao risco. Há especulação sobre um novo acordo de exportação pelo Mar Negro, o que poderia adicionar pressão de baixa. Com a proximidade do início da colheita nos EUA, os dados da produção serão confirmados. O USDA divulgará seu relatório mensal de oferta e demanda (12/09), ao qual, o mercado aguarda uma redução da produção americana. Assim, as cotações trabalharão com viés de alta para o curto prazo e de baixa para o médio prazo, em função da boa estimativa à safra na América do Sul.
Em relação ao milho, para os próximos dias as previsões climáticas apontam temperaturas mais amenas e chuvas dentro da normalidade em boa parte do cinturão de milho nos Estados Unidos, que pode levar a uma pressão negativa para os futuros na Bolsa de Chicago.
No dia 12 de setembro o USDA divulgará seu balanço de oferta e demanda referente ao mês corrente. O relatório poderá trazer volatilidade ao mercado, que aguarda especialmente a estimativa de produção dos Estados Unidos, uma vez que o clima quente e seco enfrentado pelo país no mês passado poderá influenciar na produção da Safra 2023/24.
No dia 06 de setembro a Conab divulgou seu 12º Levantamento da Safra 2022/23 e elevou a produção de milho nacional em 1,46% em relação ao relatório anterior. A estimativa atual foi de 131,86 milhões de toneladas, que representa aumento de 16,6% ante a Safra 2021/22. Sob a mesma ótica, o estoque final foi estimado em 12,26 milhões de toneladas, incremento de 51,55%. O avanço da comercialização interna tende a seguir lenta, limitando maiores baixas e mantendo os preços em estabilidade.
Para o café, as perspectivas para o mercado de café na próxima semana continuarão a depender de fatores como as condições climáticas no Brasil, o andamento da colheita, as exportações de outros países produtores, além do comportamento do dólar, que também afeta os preços das commodities.
O mercado continuará atento às condições climáticas nas áreas de cultivo de café no Brasil. Previsões recentes indicam um período de tempo quente e seco nas próximas semanas, o que pode beneficiar a finalização da colheita, mas por outro lado, instigar temor em relação ao pegamento das recentes floradas.
A queda nos estoques de café, tanto arábica quanto robusta, tem sido um fator positivo para os preços. Os estoques estão em níveis mínimos, o que indica um mercado com oferta apertada. A redução das exportações de café do Vietnã nos primeiros oito meses do ano e a expectativa de uma safra menor nesse país têm sido consideradas como fatores otimistas para o café robusta. O mercado enfrenta a pressão da oferta sazonal de Brasil, Indonésia e Uganda, que supera a demanda fraca no verão do hemisfério norte. Os juros altos também desencorajam os estoques. Por outro lado, os produtores resistem em vender o que já colheram e os estoques certificados ICE NY e Londres estão baixos. Perspectiva de leve recuperação no curto prazo e estabilidade no médio prazo.
E finalizando com o Boi Gordo temos: A condução da terminação em sistema de confinamento é bastante desafiadora, principalmente com a queda dos preços do boi gordo no mercado futuro. A manutenção dos animais no sistema intensivo representa aumento gradativo dos custos, destacando-se o alto custo da nutrição animal.
A necessidade de utilização de ferramentas de proteção de preço é fundamental para mitigar o risco da atividade. A queda da margem de lucro do pecuarista remete a uma tendência de redução dos investimentos, fato que pode resultar em menores produtividades nos anos seguintes.
O recebimento de salário e o aumento na demanda devido ao feriado (Independência do Brasil) trazem a expectativa de uma leve recuperação nos preços da arroba ao longo da primeira quinzena de setembro. Um bom consumo auxiliaria no escoamento do estoque de carne bovina no varejo, melhorando o ritmo de reposição.
Entretanto, os frigoríficos, em geral, seguem com margens de abate confortáveis, o que sugere novas tentativas de compras abaixo da referência média, pressionando negativamente a cotação da arroba no curto e médio prazo. Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!