Olá, hoje é sexta-feira 12 maio de 2023, meu nome é Luciano Scuccuglia, Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Avaré SP e falaremos sobre o cenário da soja.
O contrato jul/23 na CBOT fechou 10/05 cotado a US14,04/bushel, apresentando queda de -1,1% em relação ao início do mês e de quase 4% nos últimos 30 dias.
Os principais fundamentos para o movimento baixista observado remetem aos dados do relatório de oferta e demanda do USDA, que manteve os estoques globais estáveis e ajustados com a supersafra brasileira, quebra de safra argentina e a boa perspectiva do início da safra nos EUA. Somam-se a estes, a desvalorização recente do dólar ante o real, receio ainda presente com a crise do sistema bancário global e a baixa demanda chinesa.
No Brasil, o indicador da soja Esalq/BMF/BOVESPA, em 10/05, foi de R$ 140,13 por saca, apresentando alta de 2,4% em relação ao início do mês. Os prêmios nos portos para maio/23, registraram piora e chegaram a US$ -1,5/bushel em Paranaguá, refletindo a entrada da safra 22/23.
De acordo com a Conab, a colheita no Brasil atingiu 95,4% da área cultivada até 06/05, com MA e RS tendo colhido 78% das áreas. Nos demais estados, a colheita está praticamente encerrada. As projeções da safra brasileira vêm se confirmando, com obtenção de uma produção total acima de 154,8 milhões de tonelada, 0,8% acima da estimativa anterior.
Para os EUA, houve manutenção da estimativa de área de plantio 23/24, (31,41 milhões de ha). Com clima favorável, os produtores têm conseguido maior agilidade na semeadura, alcançando 35% da área projetada, ou seja, 14% acima da média dos últimos 5 anos. Na Argentina, a Bolsa do Rosário estima produção de 23 milhões de toneladas, quebra histórica. Para manutenção mínima da indústria de esmagamento de soja, a Argentina deverá ampliar seu programa de importação de grãos, principalmente do Brasil e Paraguai.
O INMET indica para a 2ª quinzena de maio chuvas dentro das médias climatológicas para a maioria dos estados brasileiros.
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Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima!