Olá, hoje é sexta-feira, 14 de abril de 2023, meu nome é Giuliano Pradela, Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Chapecó/SC e falaremos sobre o cenário da soja.
O contrato jul/23 na CBOT fechou 12/04 cotado a US14,72/bushel, apresentando queda de -1,34% em relação ao início do mês, mas com recuperação na parcial da semana, com apoio no farelo de soja, que registrou altas nas últimas sessões.
Os principais fundamentos para o movimento de retração acumulado em abril estiveram atrelados aos dados do relatório de oferta e demanda do USDA, que manteve os estoques globais estáveis e ajustados com a supersafra brasileira e a quebra de safra da Argentina. Somam-se a estes, a desvalorização recente do dólar ante o real, o receio ainda presente com crise do sistema bancário global, a baixa demanda chinesa e a boa perspectiva do início da safra americana 23/24.
No Brasil, o indicador da soja Esalq/BMF/BOVESPA, em 12/04, foi de R$ 146,54 por saca, apresentando baixa de 4,7% em relação ao início de mês. Os prêmios nos portos para abril/23, registraram piora e chegaram a US$ -1,3/bushel em Paranaguá, refletindo a entrada da safra 22/23.
De acordo com a Conab, a colheita no Brasil atingiu 78,2% da área cultivada até 08/abril, com destaques para o MS 98%, GO 93%, MG 86%, SP 95%, PR 90%. No MT a colheita já foi concluída. As projeções da safra brasileira se mantiveram e a perspectiva de obtenção de uma produção total acima de 153 milhões de toneladas está se confirmando.
Para os EUA, houve manutenção da estimativa de área de plantio 23/24, (31,41 milhões de ha) e prognóstico de clima favorável no início do plantio. Na Argentina, o USDA reduziu a estimativa de produção para 27 milhões de toneladas (quebra histórica). Para manutenção mínima da indústria de esmagamento de soja, a Argentina deverá ampliar seu programa de importação de grãos, principalmente do Brasil e Paraguai.
De acordo com o INMET, para a 2ª quinzena de abril, estão previstas chuvas com volumes acumulados acima de 50 mm para a maioria dos Estados produtores, exceto Oeste da BA e o RS.
Para o produtor ter maior segurança, previsibilidade em seu fluxo de caixa e gerar oportunidades negociais para comercialização de sua safra, o BB disponibiliza a Linha de crédito de investimento (PCA) destinada para Construção, Ampliação e Reforma de Unidades de Recepção, Beneficiamento e Armazenagem de Grãos.
Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima!