Olá! Hoje é segunda-feira, dia 16 de Dezembro de 2024, sou Sacha Tesck, e eu sou Andre Rios, somos assessores da Diretoria de Agronegócios e Agricultura Familiar e traremos a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Banco do Brasil, para o movimento de preços no curto prazo, para as commodities soja, milho, café e boi gordo. Iniciando com a soja, espera-se que • A Bolsa de Chicago - CBOT deverá apresentar estabilidade nas cotações, dado o reporte do USDA e o desenvolvimento normal da safra sul-americana. A sinalização de encerramento do plantio no Brasil e na Argentina, que já supera 60% da área prevista, não terá força para movimentar o mercado, expressivamente, de forma positiva. § O clima deverá continuar favorecendo o desenvolvimento das lavouras. Os mapas atualizados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registram precipitações previstas pra todas as regiões produtoras do país, mantendo os índices de umidade do solo em níveis adequados. Na Argentina, para a próxima semana, as chuvas devem ocorrer de forma mais distribuída, sem excessos, proporcionando condições favoráveis para as lavouras nas principais províncias produtoras. § Mercado sem alterações com lateralidade no curto prazo e, no médio e longo prazos, com a ampla oferta mundial da commodity, o cenário fundamental é baixista. Dessa forma, os preços deverão se manter com viés de estabilidade no curto prazo e com baixa para o médio e longo prazos. E aí, André, quais as novidades pro o milho?! Em relação ao milho, Relatório do USDA reduziu estoques finais e produção globais do grão. Com relação a produção global, número ficou 1,51 bilhões de toneladas a menor, comparada ao relatório de novembro. Já em relação aos estoques finais, houve redução de 2,6% em relação ao mesmo período, ficando em 296,44 milhões de toneladas. Em relação aos Estados Unidos o relatório diminuiu mais de 5 milhões de toneladas nos estoques finais, comparado ao relatório anterior, ficando com 44,15 milhões de toneladas. Em contrapartida, foi demonstrada elevação nas projeções de exportação em mais de 6%, em relação ao último relatório, ficando com 62,87 milhões de toneladas. No Brasil, relatório da Conab aponta para redução de 5,9% da área plantada do milho verão, em relação a última safra, fundamentada principalmente pelo preço baixo da cotação que pesou na decisão de plantio do produtor. Já para o milho safrinha, há perspectiva de incremento de 1% em relação ao mesmo período, sendo esperado 16,6 milhões de hectares plantadas. Com o dólar ainda em patamares elevados e com a demanda aquecida, as perspectivas para curto prazo são de cotações altistas. Para o café, destaca-se que, · O mercado continua com foco nos fundamentos de incertezas na oferta mundial pelas estimativas de quebras da safra 2024/25 no Brasil e no Vietnã; · Em dezembro, historicamente, os produtores brasileiros praticamente param suas vendas, o que pressiona ainda mais os preços do café no curto prazo; · Apesar das chuvas regulares no Brasil no último mês, as preocupações com os efeitos negativos do clima permanecem, especialmente quanto à possível redução na produção brasileira para a safra de 2025; · Além da safra brasileira, o mercado mundial está atento à produção do Vietnã, que sofreu recentemente com problemas climáticos semelhantes aos enfrentados no Brasil. Atualmente, em plena colheita, as lavouras vietnamitas estão sendo impactadas por fortes chuvas, o que pode agravar ainda mais a redução prevista para a safra do café robusta. André, o que você traz em relação ao boi gordo?! Quanto ao Boi Gordo, é importante frisar que: § O volume expressivo de chuvas no início de dezembro contribui para a manutenção das pastagens nas principais regiões produtoras do Brasil, mantendo o mercado de reposição aquecido. § O mercado atacadista encontra dificuldade em repassar todo aumento dos preços da carne bovina dos últimos meses para o mercado varejista. Caso isso aconteça, a tendência é que os consumidores migrem para outras proteínas de menor valor. § A escala de abate da Indústria está relativamente confortável, na média Brasil entre 7 e 10 dias, indicando um volume de estoque satisfatório para atender a demanda de até o fim do mês, que conta com um menor número de dias úteis na segunda quinzena. § Na B3, podem continuar as oscilações nas cotações no início de 2025, mostrando um momento propicio para o produtor se proteger. § No mercado físico a tendência é de manutenção da cotação da arroba do boi gordo para a próxima semana. Assim Sacha, é importante lembrar da necessidade do produtor se proteger quanto a variação dos preços, gerenciando os custos e mitigando o risco da atividade, seja fazendo uso de opções ou do mercado futuro. Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima!