Olá, hoje é sexta-feira, 17 de março de 2023, meu nome é Giuliano Pradella, Assessor de Agronegócios do Banco do Brasil em Chapecó - SC e falaremos sobre o cenário da soja.
O contrato da soja na CBOT fechou 15/03 cotado a US$ 14,74/bushel, apresentando recuo de 1,33% em relação ao início do mês. Os principais fundamentos para o movimento baixista oram a evolução da colheita e o baixo índice de comercialização antecipada no Brasil, quando comparado à média histórica, além da menor demanda chinesa. Destacamos que houve impacto adicional no mercado de commodities oriundo do mercado financeiro, dado a questão envolvendo a solvência dos bancos norte-americanos.
No Brasil, o indicador da soja Esalq/BMF/BOVESPA, em 15/03, foi de R$ 165,69 a saca, apresentando baixa de 1,9% em relação ao início de março. Os prêmios nos portos para abril/23 chegaram a US$ -0,25 cents em Paranaguá e refletem a entrada da safra 22/23 e o baixo volume de negócios realizados.
Importante observar que o atraso na comercialização antecipada da safra 22/23, os baixos prêmios nos portos e a desvalorização do dólar ante o real trazem impactos negativos à rentabilidade. A colheita no Brasil atingiu 60% da área cultivada, com destaque para o MT com 98% e GO com 78%. Por outro lado, o RS ainda não iniciou a colheita.
Ressaltamos que os mapas meteorológicos indicam transição para El Niño a partir de julho/agosto/setembro, o que favorece a safra nos EUA. Conforme o último relatório do USDA, a projeção da safra brasileira foi mantida. Conforme esperado, na Argentina, houve novo corte na estimativa de produção para 33 milhões de t. Já a Bolsa de Cereales de Buenos Aires estima a produção argentina em 29 milhões de toneladas, a menor safra em duas décadas. Em seu último boletim, houve piora das condições das lavouras, onde 67% da área cultivada está em condições ruins, 31% regular e apenas 2% em condições boas e excelentes.
De acordo com o INMET, para a 2ª quinzena de março, estão previstas chuvas próximas a normalidade para a maioria dos estados do país, com exceção do Oeste de BA e de MG, SP, PR e RS. Para o produtor ter maior previsibilidade em seu fluxo de caixa, garantir sua margem de lucro e minimizar a exposição às oscilações dos preços, o BB disponibiliza as Opções Agro e o Termo de Moedas (NDF).
Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Até a próxima!