Listen

Description

Olá, hoje é 18 de março de 2025, eu sou Nivia Bassi, Assessora de Agronegócios do Banco do Brasil em Novo Horizonte, SP, e hoje vamos falar sobre o cenário da cana-de-açúcar.     A safra 2024/2025 foi marcada por uma produção de cana que, embora inferior à safra anterior em termos de volume, mostrou um bom aproveitamento da qualidade da matéria-prima. Os períodos de seca e chuvas irregulares, afetaram a produtividade em algumas regiões do país. O rendimento médio da cana foi impactado, mas, em geral, as usinas conseguiram compensar essa perda com o aumento da produção, principalmente do etanol hidratado, que ajudou a sustentar as margens de lucro. Para a safra 25/26, que se inicia em abril, as expectativas são de um começo difícil, com chuvas abaixo da média em janeiro e fevereiro, período de pleno desenvolvimento das plantas. Há a possibilidade de algumas usinas atrasarem o início da safra por falta de matéria prima. Chuvas de março e abril serão cruciais para minimizar essas perdas. O Brasil segue como líder mundial na produção de açúcar, com uma previsão de produção de 46,1 milhões de toneladas para a safra 2025/2026, um aumento de 2,3% em relação ao ano anterior, e deve exportar 41 milhões de toneladas de açúcar, um crescimento de 5%. O consumo interno de açúcar está estimado em 11,5 milhões de toneladas. Na Índia, a situação é mais desafiadora. A produção de açúcar para a safra 2024/2025 deve cair 19%, atingindo 25,8 milhões de toneladas, devido a baixa produção nos principais estados produtores. Essa queda coloca a produção abaixo do consumo estimado em 29 milhões de toneladas, o que obrigará a Índia a importar açúcar para suprir a demanda interna. As expectativas são de que seu estoque inicial para a temporada 25/26 fique em torno de 3,78 milhões de toneladas, ante os 7,98 milhões de toneladas do ano anterior, afetando o mercado global em termos de oferta e demanda. O mercado de etanol continua a expandir, com o Brasil e a Índia desempenhando papéis fundamentais na produção desse combustível renovável.  Para essa safra, o mix de produção brasileira deve ser de 53% de etanol e 47% de açúcar, com a demanda de etanol sendo impulsionada pela crescente mistura de etanol na gasolina. A estimativa de produção no Brasil e na Índia têm um grande impacto nos mercados internacionais.  No entanto, os desafios como custos de insumos, flutuações cambiais, variabilidade climática e políticas governamentais, continuam a ser pontos críticos para o setor. Para os produtores rurais, é fundamental aproveitar as oportunidades do crédito rural, como as linhas oferecidas pelo Banco do Brasil, para investir em inovação, expansão e modernização visando aumentar a produtividade. Além do tradicional custeio. Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil.  Fica a dica de crédito consciente e sustentável.   Até a próxima!