Listen

Description

Olá, hoje é 18 de dezembro de 2024, meu nome é Sergio Luiz Sousa, Assessor de Agronegócios em Campos Novos - SC e vamos falar sobre o cenário do Trigo.   A safra brasileira 2024 de trigo está encerrada. A produção nacional foi de 8,064 milhões de toneladas. Percentual 0,4% menor que a safra 2023 e, pelo segundo ano consecutivo, com frustração de safra. Somente o Distrito Federal e os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul não tiveram reduções nas produções obtidas nesta safra. O destaque negativo ficou para o estado do Paraná, com redução de 34% na produção, devido à estiagem que atingiu as lavouras cultivadas no norte do estado, onde o plantio foi realizado mais cedo e posteriormente, geadas ocorridas na metade sul, também impactaram. O estado do Rio Grande do Sul, principal produtor de trigo do país, apesar de enfrentar problemas climáticos em algumas regiões, (chuvas no enchimento de grãos e colheita), que afetaram diretamente a qualidade do grão, teve recuperação de 59% de sua produtividade em relação à safra 23. Obteve produtividade de 3.071 kg/ha, resultando em uma produção estadual de 4,121 milhões de toneladas, sendo essa 42% a mais que a safra passada. O estado de Santa Catarina teve recuperação de 72% na produtividade e 59% na produção do estado, totalizando 460 mil toneladas. No cenário internacional, segundo a bolsa de comércio de Rosário, a colheita argentina avança com 58% da área colhida e com produtividades acima da expectativa. Os números da produção foram revistos para cima em 500 mil toneladas, com produção total esperada de 19,3 milhões de toneladas. Aumento de 33% em relação à safra 2023. Segundo relatório do USDA de dezembro/24, a produção global da safra 24/25 continua sendo um recorde, alcançando 792 milhões de toneladas. Já o consumo também é considerado recorde pois chegou a 802 milhões de toneladas. Essa diferença de 10 milhões de toneladas a mais no consumo, reflete-se na redução dos estoques mundiais. Apesar disso, os preços oscilaram nos principais mercados, reduzindo nos Estados Unidos, Argentina e Austrália, devido as boas condições das lavouras e avanço da colheita nos países do hemisfério sul, e subindo no Canadá e União Europeia, devido a concorrência com trigo russo. O indicador Cepea/Esalq-Paraná registrou redução de 2,08% nos últimos 30 dias, cotado a R$ 1.387,77/t. Comparado ao mesmo período do ano anterior o aumento foi de 12%. O aumento da oferta com a finalização da colheita no Rio Grande do Sul, maior produtor nacional, tem pressionado negativamente os preços no mercado interno.  Para apoiar nossos clientes, o Banco do Brasil disponibiliza linhas de comercialização para este e outros cereais de inverno. Para maiores informações, consulte sua agência BB e parceiros agro.   Conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável. Boas festas.