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Olá! Hoje é segunda-feira, dia 23 de dezembro de 2024, sou Sacha Tesck, assessora na Diretoria de Agronegócios e Agricultura Familiar e traremos a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo, para as commodities soja, milho, café e boi gordo.   Iniciando com a soja, espera-se que   As cotações na BOLSA DE CHICAGO - CBOT deverão continuar pressionadas, fundamentadas pelas projeções favoráveis da safra sul-americana e, também, pela valorização do dólar, tornando as comodities norte-americanas menos competitivas. A perspectiva de uma política protecionista do próximo presidente dos Estados Unidos está gerando uma forte aversão global ao risco, que refletirá na precificação das commodities. No Brasil, os mapas climáticos para os próximos 10 dias, preveem chuvas regulares para todas as regiões produtoras, mantendo os índices de umidade do solo em níveis adequados, favorecendo o desenvolvimento das lavouras.  Na Argentina, para a próxima semana, previsão de chuvas nas principais províncias produtoras. Boas projeções da safra sul-americana, com ampla oferta global da soja, seguirão pressionando as cotações na Bolsa de Chicago, com reflexo no mercado interno. Desta forma, os preços deverão se manter com viés baixista no curto, médio e longo prazos.   Em relação ao milho,   Com o período de festas e o Natal se aproximando, espera-se que o mercado externo esteja mais estável na próxima semana.   Na Bolsa de Mercadoria de Dalian, na China, os futuros do cereal já apresentam baixas de mais de 10% este ano, influenciados pela excelente safra chinesa 24/25 e enfraquecimento da demanda interna.   Adicionalmente, de acordo com a Reuters, as importações do grão pelo país asiático recuaram quase 40% no acumulado do ano até o mês de novembro. O volume importado até o mês passado foi de 13,30 milhões de toneladas. Para comparação, em 2023 a China importou cerca de 23 milhões de toneladas, sendo 16 milhões apenas do Brasil.   De acordo com Conab, na divulgação do seu monitoramento semanal das condições das lavouras, 75% do milho 1ª safra já foi semeado. No RS, 4% das lavouras encontram-se em maturação, e o início da colheita poderá ocorrer ainda em dezembro.    A manutenção do dólar em patamares elevados pode manter o suporte nos preços físicos no curto prazo.   Para o café, Após a alta forte e rápida em novembro e início de dezembro, os contratos de arábica na Bolsa de Futuros de Nova York tiveram uma semana de reajustes, realização de lucros e reposicionamento de operadores e especuladores. Para a safra de 2025, há consenso de que ocorra quebra importante na produção brasileira, e que o volume a ser colhido ficará abaixo quando comparado ao ano de 2024. Segundo relatório da Pine Agronegócios, a disponibilidade de café está verdadeiramente baixa e, só a partir de janeiro, o produtor deverá retornar ao mercado, contudo, com um estoque a vender em torno de 15% a 20% da safra-total colhida no Brasil neste ano. Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior apontam que a média diária exportada de café não-torrado teve queda de mais de 20% nos 10 primeiros dias úteis de dezembro de 2024 em relação aos meses de 2023. Finalizando com o Boi Gordo, temos que A semana com feriado natalino deve apresentar ritmo lento nas negociações, com férias coletivas em várias praças e apreensão dos produtores quanto às perspectivas do mercado do boi para a virada do ano. O mercado de reposição pode seguir com movimento de alta, apesar da retração em praças importantes. A oferta de bezerros ainda é restrita, proporcionando valorização e apetite do invernista disposto a pagar mais ágio na reposição do rebanho. A valorização do dólar também pode voltar a aquecer as negociações no mercado externo, uma vez que a cotação do Boi Gordo na referência CEPEA/São Paulo deve seguir com preços atrativos para o comprador internacional, especialmente em relação aos principais compradores da carne brasileira. Em relação a troca entre o boi gordo e a saca de milho deve seguir favorável ao pecuarista, estimulando os negócios, a produção e favorecendo o caixa, proporcionando condições de investimento em pastagens e demais produções de volumoso. Segundo o CEPEA, a diferença entre a cotação do boi gordo comprado pela indústria em relação à carcaça casada, comercializada com atacadistas, está em mais de R$40 por arroba. Ou seja, a margem encontra-se favorável para a indústria e há espaço para altas nas cotações do Boi Gordo. Na B3, há expectativa de manutenção no movimento de recuperação nos contratos de janeiro a maio, após forte recuo no começo de dezembro.   Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios E UM ÓTIMO Natal, REPLETO de amor, esperança e MUITAS alegrias! Até a próxima!