Olá, hoje é 25 de março de 2025. Eu sou Karol Furlaneto, Assessora de Agronegócios do Banco do Brasil em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, e vamos falar sobre o cenário do algodão. O último boletim do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não apresentou mudanças significativas nos preços, porém o mercado ficou atento a fatores importantes no cenário macroeconômico neste mês de março. Destacamos a previsão de redução em 11% da área de plantio do algodão nos EUA, segundo relatório Cotton Outlook do USDA, publicado no final de fevereiro. Outro ponto relevante foi o aumento, a partir de 10 de março, da tarifa chinesa em até 15% sobre alguns produtos agrícolas norte-americanos, incluindo o algodão. A medida é uma retaliação à recente política tarifária adotada pelos Estados Unidos contra produtos chineses. Essa situação de tensão comercial lembra o cenário de 2018, durante o primeiro mandato do presidente Trump. Naquela época, o Brasil se beneficiou com o aumento das exportações agrícolas. Agora, como maior exportador mundial de algodão, o país pode novamente aproveitar as oportunidades comerciais que surgem nesse contexto. Nos Estados Unidos, a semeadura da safra está começando. Já no Brasil, as lavouras seguem em boas condições após as chuvas regulares dos últimos meses, e o plantio foi praticamente finalizado ainda em fevereiro. De acordo com a CONAB, o Brasil deverá colher mais de 3,7 milhões de toneladas de pluma. No entanto, vale lembrar que Mato Grosso, principal estado produtor, já comercializou antecipadamente 50% da safra atual, uma evolução em relação aos 46% vendidos no mesmo período do ano passado. Esse movimento demonstra a atenção e estratégia dos cotonicultores brasileiros em aproveitar os melhores momentos do mercado. Considerando a volatilidade recente da cotação da pluma e do dólar, é fundamental que o produtor minimize esses riscos. Para isso, o Banco do Brasil disponibiliza produtos específicos, como as Opções Agro BB e o Termo de Moedas (NDF). Destacamos ainda as Opções de Venda (PUT) referenciadas na B3, com vencimento em junho de 2025, apresentando strike entre U$c 63 e U$c 67 por libra-peso. Consulte seu gerente de relacionamento para mais informações e conte sempre com a assessoria especializada em agronegócios e com toda a equipe do Banco do Brasil. Fica a dica de crédito consciente e sustentável.