Olá! Hoje é segunda-feira, 25 de setembro de 2023, meu nome é Fabiola Lira, sou assessora de agronegócios e trago a vocês as expectativas da equipe de inteligência competitiva do Agronegócio do Banco do Brasil para o movimento de preços no curto prazo para as commodities soja, milho, café e boi gordo.
Iniciando com o nosso panorama para soja, cabe destacar que A colheita nos Estados Unidos iniciou-se sem grandes problemas, no entanto, para a próxima semana os mapas climáticos da Agência de Serviço de Meteorologia dos Estados Unidos (NOAA) indicam volumes elevados de chuvas, que podem reduzir os trabalhos de colheita na região central do meio oeste americano. Com a oferta da nova safra americana, os players permanecerão em uma condição favorável para especular cotações menores no mercado externo, tendo esse cenário ainda mais fortalecido com a grande oferta do residual da Safra 2022/23 do Brasil. Cabe destaque ao programa de exportação do governo argentino, dólar-soja, que pode aumentar ainda mais a oferta global. Destaca-se também que o início do plantio da nova safra brasileira apresentou ritmo acelerado em comparação com as últimas safras. Para a próxima semana, os mapas climáticos indicam que há previsões de poucas chuvas e temperaturas elevadas, que devem diminuir o ritmo de plantio nos estados do Mato Grosso e Paraná. Assim, sem grandes novidades nos fundamentos para a cultura da soja, os players aguardarão novas notícias para reposicionamento nos mercados. Dessa forma, o mercado doméstico tende trabalhar em lateralidade no curto prazo e baixa para o médio prazo.
No tocante ao milho, As previsões climáticas para os próximos dias nos Estados Unidos apontaram temperaturas elevadas e acima da normalidade para o cinturão de milho americano, o que deve favorecer o avanço da colheita no país. Conforme seu Departamento de Agricultura, a área colhida chegou a 9% do total, dois pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado e a média dos últimos anos.
Na primeira perspectiva da Safra 2023/24 divulgada pela Conab, o órgão estimou redução na área cultivada de milho no Brasil de 4,8%, que representa em torno de um milhão de hectares em relação à Safra 2022/23. A maior redução foi prevista para a 2ª safra, cerca de 820 mil hectares. Segundo o levantamento, a menor intenção de plantio do produtor pode ser justificada pela intensa queda das cotações do grão observado em 2023 e as projeções para 2024, tanto no mercado externo como doméstico, refletindo em rentabilidade pouco atrativa para o setor.
Com o avanço da colheita estadunidense pressionando negativamente os preços na CBOT e compradores internos abastecidos, a cotação no mercado físico pode seguir em baixa no curto prazo e médio prazo.
Para o café, é relevante ressaltar que, O estoque ICE New York, depois de bater o nível mais baixo de 10 meses (442.548 sacas), apresentou leve recuperação (448.113 sacas), ao passo que os estoques ICE Londres atingiram 667.833 sacas, um volume 57,53% inferior à mesma data no ano passado. Previsão climática atual aponta para tempo seco e temperaturas elevadas, com picos entre 39-40 graus em algumas regiões cafeeiras, condições desfavoráveis para a cultura do café em épocas de floração e vingamento de florada. Com safras do Vietnã, América Central e Colômbia começando a produzir somente a partir de outubro/23 , intensificando somente a partir de novembro/23, espera-se suporte aos preços no curto e médio prazo, apesar da intensificação da exportação da safra brasileira.
E finalizando com o Boi Gordo, cabe destacar que: O consumo de carne no mercado interno, impulsionado pela entrada parcial do 13º salário, empregos temporários e festividades, costuma ser maior no último trimestre do ano. Soma-se, a esse fato, a expectativa de aumentos das exportações, com a China se preparando para o Ano Novo Lunar. Os meses de julho e agosto trouxeram preços enfraquecidos no mercado futuro do boi gordo, fato que pode desestimular o pecuarista confinador, e comprometer o segundo giro do confinamento, com um volume menor de animais abatidos nos próximos meses. De um lado a Indústria, com escala de abate reduzida. De outro, pecuaristas buscando melhores condições de preços. Assim, a fluidez dos negócios é fundamental para a continuidade do movimento de alta na cotação do boi gordo para a próxima semana.
Desejamos a todos os nossos clientes uma excelente semana, bons negócios e até a próxima