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As chuvas avassaladoras deste ano, que mataram ao menos 65 pessoas em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo durante o carnaval, e que já provocaram alagamentos e a morte de uma pessoa em Goiânia, vão continuar a ocorrer com maior regularidade? Como as autoridades e a população devem lidarcom esses fenômenos?
Convidado do Chega Pra Cá desta terça-feira (28), Saulo Ribeiro de Freitas é físico graduado na UFG que saiu pelo mundo para se especializar: foi pesquisador da Nasa, trabalhou como pesquisador no Reino Unido e em vários projetos nos Estados Unidos. Saulo de Freitas tem experiência na área de geociências, com ênfase em química, nuvens e dinâmica da atmosfera e modelagem numérica. Atua principalmente com poluição do ar e química atmosférica, queimadas e seus impactos em mudanças do tempo, clima e saúde pública e previsão numérica de tempo entre outros temas.
Atualmente é pesquisador titular, professor de pós-graduaçãoem Meteorologia e chefe da Divisão de Modelagem Numérica do Sistema Terrestredo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O físico também acompanhao trabalho do Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões do Cerrado (Cempa-Cerrado), ancorado na Universidade Federal de Goiás, que tem o apoio do Inpe desde 2020.
Com base nessa experiência e em uso de modelos matemáticos que usam leis da física para melhorar a descrição das nuvens e prever melhor o clima, criado por uma comunidade científica da qual faz parte, Saulo de Freitas informa que é possível prever para Goiás aumento da temperatura e diminuição do regime de chuvas em função das mudanças climáticas. Confira nesta entrevista.