Invasões, explosões de hospitais e escolas, ataques de mísseis e bombardeios aéreos diários. Já são mais de 10 mil mortos em um mês de um conflito crescente e sem previsão de término. A imensa maioria dos mortos e feridos é de civis, incluindo mulheres e crianças. O número vai aumentar com a incursão terrestre em Gaza. Israel confirma ataque ao maior campo de refugiados da faixa de Gaza, em ação que tinha como alvo um comandante do Hamas, que nega a presença de um dos seus líderes no local. O ministério do interior em Gaza diz que ao menos 20 casas “foram completamente destruídas” e “centenas” de mortos e feridos chegaram ao hospital. Médicos dizem que a “cena é inimaginável” e que há “centenas de corpos carbonizados”. Dezenas de estrangeiros deixam a faixa de Gaza e atravessam para o Egito através da passagem de Rafah, aberta ao trânsito de pessoas pela primeira vez desde o início do conflito. Brasileiros que aguardam a repatriação ainda não foram autorizados a cruzar a fronteira. Um avião da FAB está de prontidão no cairo para trazê-los de volta. O Embaixador do Brasil na Palestina afirma que "há boas chances" de os brasileiros na faixa de Gaza serem liberados até sexta-feira. Segundo agências internacionais, a reabertura é fruto de uma negociação entre Egito, Israel e o Hamas, mediada pelo Catar. O secretário de estado americano sugere que uma coalizão de países do Oriente Médio ou agências internacionais assuma temporariamente a faixa de Gaza caso Israel derrote o Hamas. O controle ocorreria até um governo da autoridade palestina ser estabelecido. Esse é o principal tema do programa de hoje. Ao debate!
Convidados:
- Roberto Georg Uebel, professor de relações internacionais da ESPM de Porto Alegre;
- Kessio Lemos, doutor em relações internacionais pelo programa San Tiago Dantas, mestre em ciência política pela Universidade Federal do Pernambuco e pesquisador associado no Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia;
- Plínio Bortolotti, jornalista do O Povo.
Apresentação: Marcos Tardin.