O novo ano teve início com tensões que deixaram o mundo apreensivo. Acompanhamos, a partir do dia 02 de janeiro, o desenrolar do ataque cirúrgico orquestrado pelos EUA, que matou o segundo homem mais importante do Irã, o general Qassem Soleimani. Em pouco mais de 10 dias, houve intensas mobilizações populares para vingar a morte do general, o contra-ataque do Irã a bases americanas no Iraque e a queda de avião de passageiros em Teerã. A confissão do governo iraniano sobre a responsabilidade pelo abatimento da aeronave reverteu o tom das ruas: a população entrou, ontem, no terceiro dia de protestos contra o governo do aiatolá Ali Khamenei. Já os EUA, que despertaram a iminência da guerra, agora aproveitam que a tensão se volta para uma crise interna no Irã, para colher possíveis frutos da sua estratégia arriscada. Após um aparente arrefecimento das tensões entre EUA e Irã, é possível dizer que o mundo está a salvo deste conflito? O que acontece a partir de agora com a quebra do acordo nuclear entre Irã, EUA e outras potências? Que outros elementos configuram a constante busca estadunidense por operações militares no Oriente Médio em nome do persistente combate ao terrorismo? Esta edição do Rádio Debate conta com a participação de: Mônica Martins, professora da Universidade Estadual do Ceará (UECE), coordenadora do grupo de pesquisa Observatório das Nacionalidades e editora da revista Tensões Mundiais; Marcelo Uchôa, professor de Direito Internacional Público da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e membro da Secretaria de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia; e Pedro Israel, mestre em Filosofia Política e professor universitário. Este programa teve produção de Raquel Dantas, apresentação de Caio Mota e operação de áudio de Assis Lima. Foto da Capa: BBC