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O metal é um fenômeno mundial. Em qualquer lugar que houver uma cultura urbana e globalizada, provavelmente também haverá uma cena de metal. Trata-se de um fenômeno que viaja nas arestas do capitalismo e da contracultura e desenvolve tanto um mercado mainstream bilhonário, como também enseja cenas “undergrounds” locais, onde jovens e ex-jovens, que não se encaixam nos valores de suas comunidades, buscam uma subversão artística da própria existência.

Mas uma das características mais marcantes do metal é sua estética. Mesmo em diferentes lugares, é possível achar bandas com sonoridades parecidas. Os próprios apreciadores do metal recorrem constantemente a fórmulas ao se referirem a suas bandas favoritas: “trash metal", “grind metal", “death metal”, “Industrial" "crossover", etc… Poucas são as bandas que aparecem e conseguem subverter as expectativas do ouvinte treinado, ou conhecedor, de metal. Poucas bandas têm o efeito: “Que porra é essa?”

Sepultura foi um dos poucos exemplos de músicos que apareceram no contexto da cena metal já consolidada, em plenos anos 1990, e conseguiram surpreender todo mundo. E o diferencial do Sepultura foi justamente o elemento local. O Sepultura não teve medo de ser vaiado ou estigmatizado como “Jungle Metal”. Não teve medo de referenciar seu próprio país, tanto nas temáticas, quanto na estética sonora. Foi e é uma banda necessária, não só para subverter a fórmula musical do "mainstream metal", mas para abrir os ouvidos do mundo aos assuntos e sons da LatinoAmérica.

Neste episódio, Gigola “Bloody” Gigola, Daniel “Born Stubborn” Kirjner e a convidada Lud “Attitude” Gaudad discutem o disco que transformou um gigante do metal em uma instituição do rock mundial: o Roots!!!