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Description

Os maiores encontros artísticos de Brasília aconteciam num evento chamado “Sarau Psicodélico”. A grande Cida, poeta e idealista da cidade, criava seus encontros, nos anos de 2010, onde músicos, artistas e poetas dos quatros cantos do DF saíam de seus satélites para se conhecerem. Eram eventos que não tinham muito público, mas transbordavam de arte. Foi num desses que eu conheci o Nenhuma Ilha. Uma molecada, uns adolescentes mesmo na época, mas que no palco rasgavam o sangue muito melhor que muita gente. Letras sensíveis, honestas, sobre uma cama Punk/Indie e muito sangue no olho. No primeiro show, já vi muita verdade nos caras. Ter uma banda de Rock é fácil; difícil é perfurar a barreira da alma; fazer algo além da fórmula; usar poucos acordes e fazer muita harmonia (ou desarmonia também). O Nenhuma Ilha é uma banda que escancara o que sente uma geração inteira. Nessa semana, Gigola e Daniel engolem secos seus cafés gelados, com dez gostas de Rivotril, para falar de um dos melhores EPs da cena Rock brasiliense nos últimos anos.