O que acontece com um corpo quando a vida acaba? O que vem depois da morte — e que pouca gente se dá conta?
É isso que a gente vai pensar junto com a antropóloga Flávia Medeiros nesse episódio. A partir de sua pesquisa no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, Flávia mostra que, no Brasil, morrer é também um processo institucional, social e afetivo. Não basta parar de respirar: é preciso ser reconhecido como morto. E isso depende de laudo, cheiro, documentação, velório e da ação de muitos outros vivos.
Entre a antropologia da morte e a dos mortos, o episódio revela como o fim da vida também é um processo de classificação: quem era esse corpo? A quem ele pertence? Quem vai “matá-lo” oficialmente? Uma conversa potente sobre luto, violência, burocracia, desigualdade e tudo o que envolve a arte — e a política — de morrer.
No fim das contas, o que está em jogo não é só o fim da vida. É o valor de um corpo quando ele já não responde mais.
Apresentação: Michel Alcoforado
Roteiro: Michel Alcoforado
Produção e Pesquisa: Fabíola Gomes
Captação, sonorização e edição: Voz Ativa Produções
Vinheta: Estúdio Cavalo
ID Visual: Diego Oliveira e Juliana Silva
Plataformas e mídias: Carla Viveiros
Gestão de projeto: Carolina Piza
AUTORES CITADOS NO EPISÓDIO
Michel Foucault, Achille Mbembe, Norbert Elias, Philippe Ariès, Howard Becker
INDICAÇÃO DE LEITURAS