Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. (Gl 4.4-5)
Uma das melhores maneiras de obter uma amostra das crenças de uma cultura é conversar com crianças em idade escolar. Uma vez, por exemplo, quando lhe perguntaram quem era Jesus, uma criança que estava crescendo no Reino Unido respondeu: “Foi ele quem tirou dos ricos e deu aos pobres”! (Parecia que ela estava misturando Jesus e os discípulos com Robin Hood e seus Homens Alegres!) Quando lhe perguntaram: “O que é um cristão?”, outra criança respondeu: “Eles não são as pessoas que cultivam seus próprios vegetais?”
Nesta época do ano, muitos que não passam muito tempo durante os 11 meses do ano pensando em Deus, se veem refletindo sobre a razão do nascimento de Jesus. Inúmeros amigos, colegas e parentes provavelmente diriam que Jesus é, na melhor das hipóteses, uma espécie de mistério. Essas respostas são um lembrete preocupante de que a mensagem do cristianismo não é tão óbvia para nosso próximo quanto podemos pensar. Quem é Jesus deve primeiro ser claro em nossa própria mente e importante em nosso próprio coração se quisermos articular isso para os outros.
Jesus se destaca entre outras figuras da religião, história e humanidade, uma vez que somente ele possui as qualificações para ser o Salvador do nosso mundo. Sua vinda não é considerada pelo apóstolo Paulo como uma intervenção acidental; foi uma designação divina. Quando Paulo diz: “Deus enviou seu Filho”, implica que ele foi enviado de um estado anterior de existência. A vida de Jesus não começou quando ele “[nasceu] de mulher” como uma criança em Belém; ele era antes do próprio tempo começar (Jo 1.1-3). Sem deixar de ser o que ele era — a saber, Deus —, ele se tornou o que não era — a saber, um homem, “nascido sob a lei”, devendo ao Pai obediência plena e perfeita: coisa que ele, e mais ninguém na grande massa da humanidade através dos tempos, alcançou.
Se Deus quer salvar, então o Salvador deve ser Deus. Se o homem deve suportar o castigo por ter pecado, então o Salvador deve ser um homem. Se o homem que leva sobre si a punição do pecado deve ser ele mesmo sem pecado, então quem, além de Jesus Cristo, atende a essas qualificações? Jesus era excepcionalmente qualificado para cumprir o plano de salvação de Deus.
Não havia outro bom o suficiente
Para pagar o preço do pecado;
Só ele poderia abrir o portão
Do céu e nos deixar entrar.
Quem é Jesus? Ele é Deus Filho, nascido como homem. Ele é o guardião da Lei perfeito, que morreu para libertar aqueles que não guardaram a Lei. O que é um cristão, então? É alguém que foi libertado da penalidade do pecado e adotado na família de Deus. Essa é uma mensagem que devemos pregar a nós mesmos todos os dias, e devemos orar por uma oportunidade de compartilhá-la com outra pessoa todos os dias. Afinal, é a mensagem mais surpreendente e gloriosa de toda a história.