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Nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança. (Rm 5.3)
Seja qual for o domínio da experiência, a perspectiva é sempre crucial. Na arte, ajuda o artista a criar uma imagem, a fim de que um copo pareça pronto para ser preenchido ou uma cadeira pareça firmemente plantada no chão em vez de suspensa no ar. Da mesma forma, nas provações da vida, a perspectiva correta é necessária se quisermos dar a resposta certa. A menos que pensemos corretamente sobre elas, não podemos responder adequadamente.
As provações são o meio pelo qual nossa confiança em Jesus como nossa única esperança é testada. Elas ajudam a definir se a fé que professamos é genuína ou falsa. Quando tudo está indo bem, é bastante fácil sentir-se confiante. Porém, quando falhamos de forma abrupta — quando a vida familiar começa a se desintegrar, quando o corpo ou a mente falham, quando nossas esperanças para esta vida são frustradas —, começamos a descobrir se nossa fé é sincera. E, quando se prova genuína através dos testes, há alegria, pois esse tipo de fé é “muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo” (1Pe 1.7).
As dificuldades também nos ajudam a medir o crescimento de nossa fé — se estamos estagnados ou florescendo. Decepções e lágrimas muitas vezes trazem mais progresso e crescimento em nossa fé conforme colocamos a Palavra de Deus em prática de maneiras que não tínhamos antes e aprendemos o valor supremo de Cristo de maneiras que não tínhamos reconhecido antes. Como diz um escritor, “O vento da tribulação sopra a palha do erro, da hipocrisia e da dúvida, deixando o que sobrevive ao teste […], o elemento genuíno do caráter”.
Testes desenvolvem o poder de permanência. A vida cristã não é uma corrida de algumas centenas de metros; é uma maratona que dura toda a nossa vida. Os corredores de maratona percorrem quilômetros que parecem difíceis e exaustivos, mas continuam em frente. Eles não se surpreendem com o fato de doer. Eles esperam que doa. Mas eles sabem que, além das dificuldades, ali está o fim. As provações que enfrentamos ao longo do nosso caminho também exigem e produzem a resistência de que precisamos para correr bem nossa corrida espiritual.
Olhe para a vida de qualquer cristão que tenha olhos suaves e um coração terno, e você quase certamente descobrirá que ele chegou a essa bondade através da experiência das provações. É fácil querer resultados sem esforço. É assim que isso funciona. Deus geralmente faz florescer nossa fé no solo da aflição.
A pergunta a fazer é: “Eu acredito nisso?” Se você se perguntar isso, mudará drasticamente sua perspectiva e sua resposta às dificuldades da vida. As provações ainda podem enchê-lo de dor, medo e incerteza — porém, ao mesmo tempo, você poderá considerá-las com alegria, sabendo que sua resistência espiritual está sendo desenvolvida e, portanto, sua capacidade de alcançar a linha de chegada está sendo aprimorada.