Pobreza espiritual e verdadeira felicidade
Vivemos numa sociedade que valoriza aparência, status e autossuficiência. Ser bem-sucedido, rico e admirado são os principais critérios de felicidade para o mundo atual. Contudo, Jesus nos apresenta um caminho completamente diferente ao dizer: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus” (Mateus 5:3).
Ao contrário do que muitos pensam, essa declaração não se refere à pobreza material. A Bíblia não exalta a falta de recursos financeiros, tampouco condena a prosperidade. O foco de Jesus está na condição espiritual do ser humano: reconhecer sua total dependência de Deus. A expressão “pobre em espírito” no original grego remete à figura de um mendigo, alguém que se encolhe, que sabe que não tem nada em si mesmo e precisa receber tudo de fora.
Essa pobreza espiritual é a porta de entrada para a verdadeira vida com Deus. Somente quem entende sua falência interior, sua limitação moral e incapacidade de se salvar por conta própria pode de fato se achegar ao Senhor com humildade. O orgulho espiritual – aquele sentimento de autossuficiência religiosa ou moral – nos afasta de Deus. Já a pobreza em espírito nos coloca no lugar certo: debaixo da graça, dependendo completamente de Cristo.
Como disse Charles Spurgeon: “O caminho para subir até Deus é afundar em seu próprio eu.” Isso não significa viver se culpando ou se rebaixando, mas sim reconhecer a realidade: sem Jesus, estamos perdidos.
Ser bem-aventurado, segundo Jesus, não é ser admirado pelas pessoas, mas ser aprovado por Deus. E essa aprovação começa quando admitimos que precisamos desesperadamente d'Ele. A verdadeira felicidade não está no que temos, mas em quem somos diante de Deus: pecadores que, pela fé, se tornam filhos amados e herdeiros do Reino dos céus.
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