A Febraban coordenou as ações dos bancos brasileiros em um programa para manter 23 mil agências, 300 mil funcionários e 170 mil caixas eletrônicos operando com total eficiência durante a crise. Em entrevista ao porta-voz João Borges, o diretor de Negócios e Operações da entidade, Leandro Vilain, revela os bastidores do que classificou de “esforço gigantesco” das equipes para evitar problemas no atendimento da população brasileira. Segundo Vilain, o processo foi dividido em três fases. Na primeira, o objetivo foi manter o atendimento em meio a quase 500 decretos de municípios e estados, muitos deles conflitantes entre si, além de gerenciar equipes desfalcadas pela quarentena dos funcionários suspeitos de contaminação pelo coronavírus. O segundo passo foi o ajuste das operações para a nova realidade. Afinal, para manter uma agência em funcionamento, não basta abrir as portas: é preciso ter os caixas eletrônicos abastecidos e as unidades de call center funcionando, por exemplo. Finalmente, a terceira fase consistiu na criação de serviços 100% digitais, como o programa de financiamento das folhas de pagamento – e em oferecer esses serviços para uma parcela da população pouco habituada a eles. Após muitas madrugadas de trabalho, o esforço rendeu frutos – e promete um futuro com muito mais agilidade nas operações.