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O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, projeta um novo corte na taxa básica de juros da economia, a Selic. Em conversa com João Borges, porta-voz da Febraban, o economista explicou que sua expectativa é de uma nova redução de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho, mas não descartou um corte maior, dependendo da evolução do cenário da pandemia até essa data. Ele afirmou não mostrar grande preocupação com o aspecto fiscal, caso haja manutenção do teto de gastos e se a expansão das despesas ficar limitada ao combate à Covid-19 – e ressaltou a importância de retomar as reformas no Congresso após a crise na saúde. Por outro lado, Honorato afirmou que a retração na economia pode ser mais severa do que a esperada inicialmente. "Os dados mais recentes sugerem que o PIB terá queda de 5%, 6%, maior que a nossa projeção inicial de 4%". Segundo ele, logo no início da pandemia, a previsão inicial era que as atividades econômicas pudessem ser retomadas a partir de maio. Agora, no entanto, o cenário caminha para uma abertura maior apenas nos meses de junho ou julho. Mesmo assim, uma recuperação plena ainda deverá depender do surgimento de uma vacina. “Na ausência de medicamento, a recuperação será mais lenta, porque o comportamento das pessoas será diferente".