Na década de 1920, conhecida como período do "Reino do Terror" entre os membros da tribo Osage, uma série de assassinatos misteriosos começaram a acontecer de forma sistemática. As mortes estavam relacionadas sempre com membros dos povos originários que detinham posse de terras. Com o medo imperando na comunidade Osage, fazia-se necessária uma investigação séria para que os responsáveis fossem punidos. E é nesse ambiente que se passa Assassinos da Lua das Flores. O novo filme de Martin Scorsese chega para questionar uma série de acontecimentos. Desde a própria produção da obra em si, que acaba sendo a terceira na história do cinema a falar do genocídio que envolveu os Osage. Passa pela construção do gênero de western, que por muito tempo foi o coração do cinema hollywoodiano. E vai até a criação da sociedade moderna e as bases que ela se deu. Rafael Arinelli recebeu Fernando Machado (Plano-Sequência Podcast), Marina Menezes (Plano-Sequência Podcast) e Carissa Vieira (Youtube) para conversar sobre Assassinos da Lua das Flores, o novo épico de Scorsese. Um filme com "F" maiúsculo, que coloca à prova o cinema de personagem pelo qual o diretor ficou tão conhecido. Mas não para por aí. Mergulhar nessa história, da maneira como ela foi contada, faz com que Assassinos da Lua das Flores seja provocativo, investigativo, e abre uma porta enorme para refletirmos sobre nossas próprias construções, visões de mundo e apagamentos históricos que servem apenas para reforçar a história do lado vencedor. Coloque o seu fone e dê o play para desfrutar de um papo sobre um filme grandioso que faz com que qualquer cinéfilo saia da sala de cinema gritando (mesmo que internamente): "ISSO AQUI É QUE É CINEMA!"