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Palavras importam. Importam também as nuances de como as pronunciamos. O que chamamos de poesia começa justamente quando existe especial carga de atenção e intenção na lida com a linguagem – escrita, falada, desenhada ou performada. Isso não acontece em um só suporte, nem em um só contexto, mas a cada vez que se forma o entendimento compartilhado de que é possível dobrar e multiplicar os sentidos e sentimentos da comunicação. Do Norte ao Sul do Brasil, algo assim tem se expandido com impressionante vitalidade, constância e multiplicidade nos encontros chamados de batalhas de slam.Momento inaugural do programa palavra palavra palavra, o projeto Poesia em presença – Entre cenas, slam, spoken word e rap nos oferece uma oportunidade única de experienciar, no Instituto Tomie Ohtake, aspectos de poéticas que formam o slam, junto a criações que dele se abastecem. Com a inquieta curadoria de Dani Nega, batalhas de slam, oficinas, debates e performances reúnem-se em torno da montagem da exposição Gira da Poesia – 15 anos de slam no Brasil. Com curadoria de Roberta Estrela D’Alva, Luiza Romão e Julio Ludemir, a mostra originalmente realizada pela Festa Literária das Periferias – Flup no Museu de Arte do Rio – MAR foi reelaborada no nosso espaço expositivo, expandindo-se por estruturas de andaime ao redor da arena/palco que abrigará batalhas e outros encontros de ressonância da palavra performada.Da Guilhermina, do Corpo, Coalkan, ZAP!, das Mulé, de Surdes, Interescolar-SP e o Menor Slam do Mundo – slams de diferentes tipos e tamanhos representam, como exemplos, a diversidade de vozes que hoje expandem e atualizam a poesia falada no Brasil. Nossas portas e microfones estão abertos. A poesia, hoje, se faz em presença.

Instituto Tomie Ohtake