(00:00:00) Introdução: Por Que Ignoramos Nossos Sentimentos na Vida Adulta?
(00:00:28) A Frase "Eu tô rindo, mas é desespero": O Humor como Máscara
(00:00:45) Escondendo Emoções: O que Há Por Trás do Riso Nervoso ou da Piada?
(00:00:54) Conceito Fundamental: A Diferença entre Emoção e Sentimento
(00:01:46) Definição de Emoção: Reações Automáticas e Universais do Corpo (O Alarme)
(00:02:06) Definição de Sentimento: Interpretações Conscientes Moldadas pela História e Cultura
(00:02:38) Teoria da Evolução: A Função da Emoção na Seleção Natural e Sobrevivência
(00:04:17) Duração das Emoções: Por Que Elas Duram Apenas Poucos Segundos?
(00:04:33) Exemplo: Raiva no Trânsito (Emoção) vs. Indignação Prolongada (Sentimento)
(00:05:17) O Condicionamento Social: Por Que Expressar Vulnerabilidade é Visto como Fraqueza
(00:05:34) Frases Repressoras: "Engole o Choro" e Outras Invalidações do Sentimento
(00:05:48) O Perigo de Suprimir Emoções: O Acúmulo Emocional
(00:06:09) Manifestações Não Saudáveis: Stress Crônico, Ansiedade e Explosões Emocionais
(00:06:53) O Curioso Paradoxo de Carl Rogers: Aceitação como Chave para a Mudança
(00:07:32) Validação dos Sentimentos: O Passo Essencial para o Autoconhecimento e Saúde Mental
(00:07:49) Ferramenta Poderosa: Como Usar a Roda das Emoções (Identificar e Nomear)
(00:08:44) Exercício Prático: Pergunte "O que eu estou realmente sentindo agora?"
(00:09:10) Nomear Emoções Reduz a Intensidade e Traz Clareza para a Ação
(00:09:44) Sobrevivência Social: Por Que Escondemos Vulnerabilidades? (Mecanismo de Proteção)
(00:10:08) Mensagem Final: Permitir-se Sentir é um Ato de Coragem e Autenticidade
Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda
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Transcrição: Olá pessoal! Bem vindos a mais um episódio do Mente Aberta. É um podcast onde nós buscamos transformar os aprendizados da psicologia em reflexões práticas e acessíveis. Meu nome é Renan Daniel, estudante de Psicologia e hoje eu quero falar sobre uma frase que provavelmente você já ouviu E na vida adulta, em algum momento todo mundo acaba falando, né? Eu estou rindo, mas é desespero. Eu acho que na vida adulta, em vários momentos, a gente se pega em situações como essa, né? Mas a provocação aqui inicial é será que por trás desse riso nervoso ou daquela piada no meio de um momento difícil, não existem emoções profundas, né? Ou questões que precisam ser trabalhadas E nós estamos tentando esconder. Então, a ideia é que nós vamos explorar primeiro a diferença entre emoção e sentimento. Essa é um conceito fundamental para a gente conseguir evoluir um pouco melhor sobre uma reflexão em relação a isso. E também nós vamos entender como a sociedade vai nos levando a invalidar nossos próprios sentimentos. E também vamos buscar juntos ferramentas que possam nos ajudar a lidar com isso de uma forma um pouquinho mais saudável, né? Mas vamos começar pelo básico. O que são emoções e sentimentos? Tinha um professor meu que ele sempre comentava que se existem duas palavras é porque não é a mesma coisa, né? Então, o que As emoções são reações automáticas, universais e imediatas do nosso corpo a estímulos internos e externos. Basicamente, elas são como um alarme que nos avisa sobre algo importante. Vou dar um exemplo o medo. O medo é uma emoção que nos alerta para o perigo. Já o sentimento são interpretações conscientes dessa emoção. Elas são moldadas pela nossa história, cultura e experiências. Então, se eu estou andando pela rua e aparece um leão, automaticamente esse estímulo externo ele vai fazer com que eu tenha uma emoção específica que vai me preparar para aquela situação, né? E na teoria da Evolução, acredita que a emoção foi fundamental para justamente no processo de seleção natural? Porque basicamente, os indivíduos mais preparados emocionalmente que tinham ali esse alerta rápido em relação ao perigo e outras. Cada emoção vai ter uma função, né? Dentro dessa coisa de se preservar ou até coisas mais básicas como reproduzir, se, alimentar e etc. Mas cada emoção, ela tem a sua função. Que é para reagir a algo externo. Já o nosso sentimento é a nossa interpretação um pouquinho mais a longo prazo em relação a justamente essas emoções, né? E a nossa interpretação? Ela vai sendo moldada, então ela vai sendo moldada a partir da nossa história, cultura e experiências. Então, se você passou por uma situação, por exemplo, que você teve ali medo e um sentimento de medo, um sentimento de desconforto, quando você vai sendo exposto a várias vezes aquela mesma situação, você vai ganhando um pouquinho mais de flexibilidade. Um exemplo é, por exemplo, o sentimento de medo de dirigir, por exemplo, que é uma coisa que você vai se adaptando, mas o medo, Quando você está prestes a realizar, a bater o carro, por exemplo, ele vai acabar sendo uma. Uma reação que você não tem muito controle, né? Até porque as emoções, elas. Você sabia que elas duram apenas poucos segundos para pensar Uma emoção. Ela vai durar poucos segundos. O que prolonga. São os sentimentos. O que nós criamos a partir delas? Então, por exemplo, dá mais um exemplo, porque eu, particularmente, demorei um pouquinho para entender. E eu acho que os exemplos vão ajudando bastante, né? Sentir raiva porque alguém te cortou no trânsito? É uma emoção. Então a pessoa te cortou, você sente uma raiva ali, mas alimentar uma indignação durante o dia todo aí já é um sentimento, um sentimento de indignação em relação aquela, aquela situação, né? Agora vamos voltar àquela frase. Pense na frase Eu tô rindo, mas é desespero. Quantas vezes nós não usamos o humor para mascarar um desconforto, né? A sociedade vai nos ensinando que expressar as nossas vulnerabilidades de forma geral é um sinal de fraqueza. Desde pequenos a gente vai ouvindo as frases engole o choro, Seja forte, homem não chora. Todo, todo o tipo de afirmação nesse sentido. Mas são afirmações para justamente a gente invalidar, invalidar esse sentimento, invalidar essa emoção e etc. O problema é que, ao ignorarmos isso, suprimir, suprimimos essa emoção. Elas vão se a essas emoções. Elas vão se acumulando e podem se manifestar de formas pouco saudáveis. Um exemplo é o estresse crônico. Então você tá. Você vai suprimindo, suprimindo. Aí você começa a ter estresse e você não sabe mais nem porque, que é porque é uma soma de vários fatores a própria ansiedade que vem assombrando a toda a sociedade. E também explosões emocionais. Então, pessoas que têm picos de emoções, de questões emocionais, seja através do choro, seja através da raiva. Então é suprimir essa emoção. Você vai começando a perceber que é algo extremamente perigoso, né? Tem um Carl Rogers, me perdoem a pronúncia, né? Mas ele é um dos grandes pensadores da psicologia humanista. Ele dizia que nas frases dele, o curioso paradoxo Paradoxo é que quando me aceito como sou, posso mudar. Ou seja, se você não aceitou e não sentiu aquele desconforto, aquele medo e etc, não tem como você mudar, porque você nem habilitou você, nem você não. Não tem como você mudar uma coisa que você não aceita que existe, né? Então isso vai nos levando a importância da gente validar os nossos sentimentos, né? Porque quando nós reconhecemos o que estamos sentindo, nós damos um passo essencial para o autoconhecimento e, consequentemente, para a nossa saúde mental, né? E aqui eu vou dar uma dica de uma ferramenta bem poderosa. Daí depois vocês podem jogar no Google para pesquisar um pouquinho melhor. Mas e se chama Roda das Emoções? Então, qual que é a ideia? Essa roda ela ajuda a identificar e nomear o que estamos sentindo. Então vocês vão ver que tem uma imagem lá com as emoções e ela vai nos auxiliando, a gente justamente identificar isso. Por exemplo, você pode estar rindo de uma situação, mas ao refletir percebe que por trás disso tem uma tristeza, medo ou vergonha. No caso, acontece bastante. Alguém faz um ataque pessoalmente a alguma característica Muitas vezes nossa, a gente começa a rir ali para tentar amenizar a situação, mas a gente pode estar sentindo vergonha, medo, tristeza, raiva, né? Então é bem interessante fazer esse exercício, né? E outra coisa que bacana, aqui o exercício é assim você vai pegar então essa roda de emoções. Quando algo te incomodar, pare por um momento, respire fundo e pergunte se o que eu estou realmente sentindo agora? Isso aqui é extremamente importante E daí você pode usar essa roda para ir te guiando. Dar nome a essas emoções e ajudar a diminuir a intensidade delas e te trazer clareza para agir. Então, a primeira coisa é validar essa emoção para justamente você entender se é necessário agir e qual a melhor forma de agir, né? Mas validar os nossos próprios sentimentos, isso para mim é muito evidente que não é fácil, especialmente por esses fatores que eu trouxe, que nós temos uma sociedade que vai nos condicionando a esconder essas vulnerabilidades até uma forma de se proteger, né? A gente vai escondendo essas vulnerabilidades como uma forma de proteção e de sobrevivência nesse ambiente, nessa sociedade que penaliza os os as pessoas consideradas fracas emocionalmente por exporem as suas emoções. Mas lembre se Permitir e permitir se sentir é um ato de coragem e autoconhecimento. É o caminho e é o único caminho ou o melhor caminho para viver uma vida com mais autenticidade e também equilíbrio, né? Por hoje é isso pessoal! Espero que esse episódio tenha ajudado a refletir sobre a importância de reconhecer e validar os seus sentimentos. Não esqueça. Rir é ótimo, mas ouvir o que está por trás desse riso pode ser transformador. Se você gostou desse episódio, compartilhe com alguém que também precise. Ouvi a mensagem. Uma mensagem como essa ou apenas refletir sobre. E não esqueça de seguir a mente aberta para mais reflexões sobre psicologia no dia a dia e outras reflexões. E para literalmente abrir a sua mente. Até a próxima! E muitíssimo obrigado por ter ficado até aqui.