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Description

(00:00:00) Introdução: A Essência da Autoestima e a Importância de Se Dar Valor

(00:00:25) A Psicologia da Autoestima: O que Realmente Significa Ter Valor Próprio

(00:00:50) Não é Egocentrismo: Autoestima como a Base da Saúde Mental

(00:01:20) O Mito da Perfeição: Por que a Comparação Social Destrói Nossa Autoestima

(00:01:50) As Raízes da Baixa Autoestima: Críticas Internas e Experiências Passadas

(00:02:20) O Conceito Chave: Autocompaixão (Ser Gentil Consigo Mesmo)

(00:02:50) Ferramenta 1: Identifique e Desafie o "Crítico Interno"

(00:03:20) Ferramenta 2: A Prática do Diário de Conquistas (Foco no Progresso)

(00:03:50) Autocuidado Não é Luxo: A Rotina Essencial para Nutrir a Autoestima

(00:04:20) A Importância de Estabelecer Limites (Dizer Não Protege Seu Valor)

(00:04:50) O Círculo de Influência: Escolhendo Pessoas que Elevam Sua Imagem

(00:05:20) A Vulnerabilidade como Ativo: Aceitar Imperfeições Fortalece o Ego

(00:05:50) Autoestima e Carreira: Como a Confiança Impulsiona o Sucesso Profissional

(00:06:20) Relacionamentos Saudáveis: O Valor Próprio na Dinâmica a Dois

(00:06:50) A Neurociência da Autovalidação (Ativação de Centros de Recompensa)

(00:07:20) Estratégia Prática: O Corpo e a Postura Afetam a Autoestima

(00:07:50) A Força da Autenticidade (Viver de Acordo com Seus Próprios Valores)

(00:08:20) Dica Rápida: A Técnica de Afirmações Positivas Realistas

(00:08:50) O Processo da Transformação Interna: Autoestima é uma Jornada Contínua

(00:09:20) Conclusão: Seu Maior Investimento é a Relação que Você Tem Consigo Mesmo



Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda

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Transcrição: Deixa eu te falar. Você já sentiu em algum momento que não consegue ser feliz sozinho? Que precisa da presença ou até mesmo da validação de alguém para de fato se sentir completo? Isso até pode parecer algum tipo de amor, mas na verdade é quase que um aprisionamento invisível. É o que chamamos de dependência emocional. Hoje nós vamos falar sobre esse tema que afeta milhares de pessoas em seus relacionamentos e que pode, de fato, chegar a roubar completamente a nossa autonomia e também a nossa autoestima. De fato, né? Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia e hoje eu te convido para ficar comigo até o final, para entendermos juntos como identificar de fato esses padrões e, principalmente, como se livrar deles. Bom, mas vamos lá. Falando sobre dependência emocional, é basicamente é um padrão psicológico em que a pessoa sente uma necessidade intensiva e excessiva de atenção, aprovação ou até mesmo da presença do outro para se sentir bem. Mas deixando claro, não é amor, é insegurança. Bom, vamos a um exemplo prático, né? A pessoa que entra muitas vezes em desespero quando um parceiro demora a responder uma mensagem, né? Interpretando logo esse silêncio como uma rejeição, né? Bom, um estudo de da Universidade de Múrcia, na Espanha, realizado lá em dois mil e dezassete com mil e duzentos participantes, Utilizou uma escala de avaliação emocional e mostrou que pessoas com alto nível de dependência emocional apresentavam também uma maior ansiedade, baixa autoestima e maior probabilidade de permanecer em relações abusivas. A psicologia de fato, né? Ela entende. Em uma das suas linhas. A dependência emocional como um padrão ligado a estilos de apego inseguro. Esse é um conceito desenvolvido por John Bowlby, que era um psiquiatra e psicanalista britânico lá em mil novecentos e sessenta e nove, na Universidade de Londres. Ele realizou essa definição para vocês verem que não é um tema novo. Segundo a teoria do apego, quando a criança cresce sem segurança afetiva, Ela tende a buscar no futuro parceiro um preenchimento constante da sua falta interna. Em linhas gerais, a dependência emocional. Ela é como tentar encher um balde furado. Não importa quanto carinho o outro ofereça, nunca será o suficiente, porque o vazio ele vem de dentro e precisa ser trabalhado internamente. Se é um vazio interno, não tem como trabalhar com preenchimento externo. Uma outra curiosidade científica o psicólogo Robert Bernstein, na em uma universidade dos Estados Unidos em mil novecentos e noventa e dois, mostrou em um de seus estudos que a dependência emocional. Ela ativa os mesmos circuitos cerebrais de recompensa envolvidos em vícios químicos. Olha o problema disso, né? Por isso, quando a pessoa é dependente, se afasta daquele parceiro, segue e sente de fato uma abstinência emocional. Pense em alguém que termina um relacionamento e sente que de fato perdeu a sua identidade. Em vez de tentar reconstruir a própria vida, acaba mergulhando imediatamente num outro vínculo. É quase que tentar tapar o vazio com a presença de alguém. Lá na mitologia grega tem um mito muito interessante que Orfeu. Ele era um músico capaz de encantar qualquer ser vivo com sua lira. Quando a sua amada Eunice morreu, ele desceu ao submundo para resgatá la. Hades permitiu a saída é com uma condição Orpheu. Não. Não poderia olhar para trás até que ambos estivessem sob a luz do sol. Mas, tomado por essa ansiedade e pela necessidade de confirmar se ela ainda estava lá, ele olhou e a perdeu para sempre. É interessante como esse mito. Ele simboliza a dependência emocional. É o medo excessivo de perder o outro, a incapacidade de confiar e essa necessidade de controle que podem destruir de fato aquilo que nós mais tentamos preservar, né? Já na música, tem uma música que eu gosto muito, que é Você abusou do Antônio Carlos e se não me engano, é uma música de mil novecentos e setenta e um. Ela foi eternizada pela Maria Creuza e nós ouvimos um trecho muito interessante e uma música bem visceral, né? E ela fala assim você abusou, tirou partido de mim, abusou. E vem numa sequência, numa, numa espiral assim de tristeza mesmo, que eu acho que retrata isso muito bem, né? Ele, esse samba, ele retrata as relações, né? Onde há essa entrega desmedida? Ela vai abrindo espaço para desequilíbrios e também para abusos. Reflexo claro, da dependência emocional. Indo mais, voltando lá para trás, Aristóteles dizia Amar é querer o bem do outro. Na dependência emocional, nós confundimos amor com posse, necessidade e acabamos sufocando tanto a nós mesmos quanto ao parceiro. Algumas estratégias e vocês sabem que eu gosto de listas. Então, algumas estratégias e práticas para romper com esse ciclo da dependência emocional. Primeiro, reconheça o padrão. Pergunte se eu consigo me sentir bem sozinho ou dependo da validação do outro? Segundo, fortaleça sua autoestima. Pesquisas da Psicologia Positiva mostraram que anotar diariamente três conquistas pessoais ajuda a ressignificar a nossa autoimagem, a nossa, essa percepção de nós mesmos. E terceiro, construa autonomia emocional. Então, invista em hobbies, amizades e projetos que não envolvam esse parceiro. Não estou falando para você abandonar a pessoa, mas sim para construir essa autonomia. Quatro Estabeleça limites saudáveis, então aprender a dizer não é essencial para criar relações equilibradas e cinco. Busque apoio terapêutico. A TCC é a terapia de esquemas. Têm resultados muito eficazes e comprovados na quebra desses padrões. E por fim, um mini exercício prático aqui. Pegue papel e escreva. Quem sou eu além da minha relação? Então liste pelo menos cinco características talentos ou interesses que te definem. Sabe ler em voz alta e perceba que você existe independente da existência ou da aprovação do outro, sabe? É a dependência emocional. Ela é uma prisão silenciosa, mas pode ser rompida quando nós aprendemos a nutrir de dentro para fora. Tem uma história no budismo que um discípulo perguntou à Buda Mestre, como posso amar sem sofrer com apego? E Buda respondeu Aprenda. Aprenda a beber da fonte sem querer aprisionar o rio. Essa frase é completamente maravilhosa. E esse ensinamento ele mostra que o verdadeiro amor não aprisiona. Ele flui e, de fato nos fortalece. Nos seus relacionamentos. A pergunta que eu te faço é nos seus relacionamentos você está bebendo da fonte ou está tentando aprisionar o rio? E por fim, se esse episódio te trouxe clareza, te ajudou de alguma forma, compartilhe com alguém que também precisa ouvir essa mensagem e siga o podcast para não perder os próximos conteúdos. E se puder, também comenta quais os próximos conteúdos você gostaria de ouvir. Muitíssimo obrigado por ter ficado até aqui e até a próxima.