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Janeiro de 2025 foi o mês mais quente já registrado na história, com temperaturas médias 1,75°C mais elevadas do que as registradas no mesmo período no final do século 19. O dado foi divulgado pelo Observatório Europeu do Clima, um programa da União Europeia que analisa o clima e o ambiente do planeta. O jornalista César Mendes conversou com o cientista Carlos Nobre, climatologista, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP e doutor em Meteorologia. Nobre afirmou que esse é um alerta de que o planeta está cada vez mais quente, com consequências para toda a humanidade, entre elas o aumento da frequência e da intensidade dos fenômenos climáticos extremos. Nesta entrevista, ele explica que cientistas de todo o mundo ainda tentam elucidar os principais fatores que levaram ao aumento de temperatura recorde no planeta, incluindo nos oceanos. O fenômeno La Niña, que costuma trazer refrigeração global, surpreendeu por um janeiro mais quente do que o esperado, com temperaturas globais 1,75°C acima do nível pré-industrial, um fato inédito para um período de La Niña. O cientista Carlos Nobre ainda falou sobre o papel do Brasil nesse cenário, ao sediar a Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP 30.