Entre as narrativas sobre a história dos feminismos talvez a mais conhecida seja aquela que divide o movimento em “ondas”, que começariam no século XIX até os dias atuais. Como toda narrativa linear, essa história não está livre de contradições, silenciamentos e simplificações, sobretudo porque se mantém, sob muitos aspectos, inspirada nos ativismos de mulheres brancas, europeias, de classe média.
Para discutir essas questões, Ana Carolina Barbosa Pereira/UFBA convidou a pesquisadora Iracélli da Cruz Alves, autora da tese “Feminismo entre ondas: mulheres, PCB e política no Brasil” (UFF, 2020), na qual investiga a militância feminista de mulheres do Partido Comunista Brasileiro (PCB) de 1949 até 1975.
Indicações de leitura do episódio:
AMADO, Janaína (org.). Jacinta Passos, coração militante: obra completa: poesia e prosa, biografia, fortuna crítica. Salvador: Editora EDUFBA, 2010.
BAIRROS, Luiza. “Nossos feminismos revisitados”. Estudos Feministas, Florianópolis, Ano 3, 2º semestre 1995.
BERNARDES, Maria Elena. Laura Brandão: a invisibilidade feminina na política. Campinas: UNICAMP/CMU, 2007.
CARNEIRO, Sueli. Escritos de uma vida. São Paulo: Pólen Livros, 2019.
DELCASTAGNÈ, Regina. Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Vinhedo, Editora Horizonte/ Rio de Janeiro, Editora da UERJ, 2012.
FERRAZ, Geraldo Galvão (org.). Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
GOLDMAN, Wendy Z. Mulher, Estado e Revolução: política familiar e vida social soviéticas, 1917-1936. São Paulo: Boitempo, 2014.
hooks, bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. 4a ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.
SOIHET, Rachel. Feminismos e antifeminismo: mulheres e suas lutas pela conquista da cidadania plena. Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.
Ficha técnica:
Roteiro e mediação: Ana Carolina Barbosa Pereira
Montagem e edição: Antonio Siqueira
Realização: Humanas pesquisadoras em rede