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Cemiterio Dos Infinitos

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Cemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 34: Homem ao mar & Olhos de facasHOMEM AO MARThiago LucariniComo eu deveria saber nadarSe eu nunca toquei as águas?A total proibição era clara.Agora sou jogado do barcoSem bote salva-vidasSem o básico de estabilidadePara manter-me sobre as ondas.Pedir-me para não me afogarÉ um crime muito maiorDo que me abandonar à derivaDos sonhos de uma naufragada utopia.OLHOS DE FACASThiago...2022-02-1301 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosCrônica 05: Anzol de todosAnzol de todosThiago LucariniTenho um sonho de trevas feito o soluço de um peixe sufocado por suas bolhas de sensível isolamento, quando fecho os olhos tudo é escuro, não temo, pois sempre tive algo de preto, escamas inseparáveis, imbricadas de noite, de subestimado e inferiorizado mesmo quando senhor de algo brilhante no firmamento de sorrisos amanhecidos em reflexos sobre a água. Fui feito desde a raiz de breu e de me acender dentro disto por pouco e de ascender por menos ainda, tive poucas estrelas por contas no céu...2021-06-2702 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosCrônica 04: Terminal de nósTERMINAL DE NÓSThiago LucariniNa parada, à espera, observo aqueles cotidianamente iguais atados à hora símile, mesmo uniforme, mesma expectativa de aguardo. Dependendo da graça maior, logo o ônibus chega, embarcamos rumo a lugares diferentes, porém com um pedaço de trajeto semelhante, estrada da vida. Dentro do veículo de inseguranças e desconforto noto outros rotineiros indo para onde não sei, mas que subversivamente imagino. Dou nomes, vidas completas, penso que sonham apesar da indiferença que mutuamente cultivamos, são desconhecidos quase afetivos apesar de nenhuma palav...2021-06-2004 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosCrônica 03: Distopia MatrimonialDistopia matrimonialThiago LucariniEla não sabia exatamente quando o seu casamento azedou. O tempo não tem piedade nem os homens. No pueril início, não havia flor que murchasse, sorriso que não se abrisse, desejo que não ardesse, estrela que não brilhasse. Ele mudou. Esqueceu-se das rotinas do amor e caiu nas rotinas lodosas diárias, daquelas que matam possibilidades e afetos. Desapareceram os beijos de bom dia, ligações ao meio-dia, o toque espontâneo, a procura a partir da necessidade da carne, casualidades. Em vã tenta...2021-05-3005 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosCrônica 02: Parte de mim não prestaParte de mim não prestaThiago LucariniUma parte de mim não presta, pois tem pensamentos sujos e oblíquos, esta é a metade em elipse deste eu, tragicamente barulhenta, problemática, vulgar, obscena, ácida, de orações duvidosas, que fala mal, se contradiz, pragueja e amaldiçoa, por vezes é preconceituosa, cheia de barreiras, palavras tortas, asneiras e loucuras. Deformada trata-se de uma flor malcheirosa, de sentidos e sensações desagradáveis. Sou aquele que mais sofre com seu odor de asco e ultraje, é flor imortal, minha Medusa cultivada, enquanto eu vivo. De combate diário, rego-a...2021-05-2302 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosCrônica 01: Cadeia AlimentarCadeia alimentarThiago LucariniEstava eu com vontade de comer peixe. Cansado dos mercados e seus frescos ou enlatados prontos para consumo, fui a uma venda de peixes vivos. No tanque, escolhi do cativeiro aquele que mais me agradou, o vendedor, um rapazote, o pegou com uma rede e rapidamente lhe deu um golpe com uma ferramenta de claro uso em abate, da qual, desconheço o nome. Naquele instante, pensei que meu jantar tinha ido por água abaixo, pois um grande remorso me invadiu. De forma planejada, contribuí com a morte de um ser. Sil...2021-05-1604 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 33 - MãosMãosThiago LucariniMil mãos não têmO toque das tuas.Minha pele tem claro sinal,Caminho traçado, leitura habitual.Outro toque não temA mesma ilusão ao seguirO encanto já trilhado.É a pele sedenta pelo ser criado,A figura idealizada.É a saudade em mimQue me faz negar de antemãoOutras tantas mãos.2021-05-0900 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 32 - OntemOntemThiago LucariniVolto mais vezes do que gostariaÀs lembranças que foram nossas.Desfeitas de nós as horas de agoraSão solitárias, em casa não há risoFácil, o tempo está sempre fechado.Busco fuga daquilo que sinto, e assim,Fico repetindo o passado, o antes,Na esperança de acordar ontem,Onde o sol morava ao meu lado.2021-05-0900 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 31 - CádaverCadáverThiago LucariniComo um coveiro avesso,Às vezes, eu brinco de te desenterrarApenas para saber qual seu estadoDentro de mim, depois de tanto tempo passado.Encaro o cadáver sem vida, frio,E percebo que não é muito diferenteDe quando andava ao meu lado.2021-05-0900 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 30 - Verdade exposta à mesaVerdade exposta à mesaThiago LucariniNo prato branco de amoresRepousam os restos obsoletosDas minhas verdades expostas.Intragáveis permanecem neste mar flutuante,Branco insensível, que não alimenta, nem causa coma,Mas provoca fome ferrenha ferida e dolorosa.Olho a cena posta no prato, cadáveres tão falhos.Corto pequenos pedaços ultrajados embalsamados em lágrimasSó eu posso engolir estas verdades preparadas, magras e amargas.***Música: http...2021-05-0200 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 29 - AfogadosAfogadosThiago LucariniEsqueça o que eu disse,Pois era noite no céu da minha boca,Noite de temporal quando a línguaRevolta-se feito mar e acaba por machucarCom ondas de palavras sem qualquer arVindas do fundo, de um mundo escuro,Por favor, esqueça o que eu disseSe eu não te afoguei.2021-05-0200 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 28 - Rigor MortisRigor MortisThiago LucariniSou de um tempoOnde a carne é mais moleA preguiça e o tédio são mais presentes.Nascemos cozidos, tenros e insossosNão endurecemos as linhas da luzSomos terra quase infértilDe poucas intempéries,Nossas plantas são rasteirasPrecisam de apoio baixo,Pois têm a languidez de crescer pro alto.Este tempo ocioso gera carne moleGado de fácil...2021-05-0200 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 27 - Fim de tardeFim de tardeThiago LucariniAs construções da cidadeBebem da tua silenciosa asfixia.Nas cores evanescentes do crepúsculoTentam achar prometida calmaria,Pois almejam dormir no embaloDo calor das lâmpadas de mercúrio,Recolher as falanges de concretoQue tentam em vão arranhar o céu indiferente por ter verdadeiras estrelas.O trânsito virulento cala-se aos poucosAs pessoas cansadas vão para suas casas.A lua e a...2021-04-2500 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 26 - Fora do ÉdenFora do ÉdenThiago LucariniFui posto fora do ÉdenQuando me deixaste.Tive minha queda decisória,Tive a dissociação e dissoluçãoDesta alma una de amorE da forma sólida deste coração.Perdi meu Deus soberanoE percebi que um deus fabricadoNão opera milagresApenas produz as vontadesDaquele que o criouEm sua crença infantilSem qualquer simetria.Este nã...2021-04-2502 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 25 - Imagético das eternidadesImagético das eternidadesThiago LucariniHá algumas eternidades, das quais,Não devemos nunca falarDeixar de lado estas horas líquidas passadasDepostas pelos relógios e atiradas goela abaixo.Há um botão de roupa perdidoHá um botão de rosa feridoHá o meu coração partido.2021-04-2500 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 24 - A graça do reiA graça do reiThiago LucariniO dia passa.Quem é o rei das horas?Das facas? Da graça? Do meu coração partido?Que coroa tenho eu? Que pedaço de dádiva?Como afiar meus dentes de enfeitado leão e rugir?Como colar as feridas da guerra sem provocarUma dor imensamente maior ao filhote que sou?Tenho um trono vazio, uma sarjeta preenchida,Desgraça adquirida e uma faca para corte final.2021-04-1800 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 23 - Estado frioEstado frioThiago LucariniEstamos num períodoOnde os mortos não valemSua última roupaE vão à sepultura nus,Mas vestidos de um tempo cruel.Vão-se os mortos despidosDe dignidade, de empatia, dos seus.E cá estamos nós de pele expostaTambém sem perceber a nossa nudez.2021-04-1800 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 22 - Adeus ao SolAdeus ao SolThiago LucariniQuando as últimas palavras foram ditasTodas as cores saíram de mim,Pois era um adeus, e todo adeus éNaturalmente sem cor, pois não bebe da alegria.Palavra fria, feita de distância não escolhida e saudade.De dentro ressoa o ecoDe um mundo já passado,Intocável e imutável,Mas, quente, por nele existiremVelhos sorrisos doadosEm tempos de inabalável Sol.2021-04-1800 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 21 - Mar de AralMar de AralThiago LucariniLágrimas destituídas do salSão águas quaisquer sob o SolAlheias ao que de mimFaz parte daquele eu fulcral.Meus olhos secos de sorrisosSão como o mar de Aral,Roubado de si, transposto, tóxico,Desértico e salino de feições e afeições.Sou mar, morto.2021-04-1100 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 20 - Futuro de cinzasFuturo de cinzasThiago LucariniPerdi tanto de mimQue bem poderia ser outro.Há tanto passadoHá tanto deixadoE nada feito sagrado.A quem me achar, aviso:Continuo me desfazendoNa marcha insidiosa do diaE na calma velada da noite.Sorrateiro e incansávelReconstruo e adio brevementeMeu inevitável futuro de cinzas.2021-04-1100 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 19 - Vida de cãoVida de cãoThiago LucariniSem orgulhoE de barriga vaziaEu te procuroComo um cãoAtrás de restos de comida.Sou cão que sabe dos riscosDa vida descartada e vencidaMas que prefere a disenteria,A morrer de solidão.2021-04-1100 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 18 - Tromba d'águaTromba d’águaThiago LucariniQuando as nuvens brigamHá conhecida tempestade.Eu quando brigoHá silêncio, poisAbrigo no invisível de mimMeus raios e trovões,Toda água não dita.E assim, aos poucosVou escurecendo.Sem mudança de tempo.Uma vez que ainda não aprendiA chover sem me desfazer.2021-04-0400 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 17 - Resquícios de afogamentosResquícios de afogamentosThiago LucariniCercado, eu flutuoMesmo em águas rasas.Por toda parte há resquíciosDe severos afogamentos,Por isso, não mais me arriscoNas intenções das profundezas.Na ilusão vagueio, flutuoQuerendo não sentir,Mas terrivelmente eu seiQue mesmo na superfície,Na menor das coisas,Ainda posso perder o ar.2021-04-0400 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 16 - Pactos rompidosPactos rompidosThiago LucariniSou assombrado por ausências.Olho para lugaresOnde deveriam estar sensações,Mas só encontro fantasmas,Arrepios e o vazio nas mãos.Sou cheio de pactos rompidosE é horrível que não se possaExorcizar tantas ausênciasCom um pouco de nada.2021-04-0400 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 15 - LázarosLázarosThiago LucariniMinta pra mim enquanto é tempo,Talvez assim, eu acrediteQue de alguma forma divinaNós possamos continuarFrente a um milagre inesperadoAlém de algumas sensações esquecidas,De algumas emoções secas e vazias,De um coração que já não bate.Minta pra mim, e talvez, eu creiaNa vida após a morte.Minta pra mimE assim, nós seremos Lázaro2021-03-2800 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 14 - CelasCelasThiago LucariniTenho tantas celas dentro de mimQue me fiz prisão sem perceber,E agora, quando olho para foraJá não sei como ser livre.Toda grandeza me assusta,E se, por acaso, achoA chave da minha liberdadeEu a jogo fora.2021-03-2800 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 13 - NewtonNewtonThiago LucariniRelativo ao meu sofrerOrbitar é cair nunca seguirMaior gravidade é não ter.Proporcional ao tamanho dos corações que amam(o meu inchado de ausência sem centro)E inversamente ao quadrado da distância entre nós(pois quem ama distorce o outro pra melhor)Orbito no campo da vasta ilusãoCaindo sempre rumo a sua direção(encontrando maior força de repulsão)Meu amor é física...2021-03-2800 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 12 - Cemitério dos infinitosCemitério dos infinitosThiago LucariniExistem sentimentosQue são eternos, pois estãoEnterrados na carne do dia.Ás vezes, eles passam despercebidosDevido ao silêncio no tempo e das palavras,Mas basta revirar um pouco a terraPara poder ver suas faces brancasNuas nunca completamente dissolutasÀ espreitaQuase vivasQuase mortasEternas.2021-03-2100 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 11 - Eco geométricoEco geométricoThiago LucariniDentro desta casa há ecosDos pensamentos que eu alicerço.As paredes revestidas de solidão e calTêm resquícios de lágrimas, fraturas de salNo seu firmamento, com pernas fracasMinha casa é frágil e sem sustentação.Jazem aqui pensamentos outrora inocentesE na brancura urram diante do reflexoNo eterno eco geométrico que eivouA pureza de um anjo desfeito na queda.2021-03-2100 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 10 - Casa assombradaCasa assombradaThiago LucariniNesta casa assombradaGrito com os meus fantasmas.Cansei dos sustos escondidosNos cantos tristes da minha vida.Assepsia, eu retiro as teias de aranha,E todo o cinza coalhado da alvenaria.Removo os escombros dos olhosÉ tempo de expor o medonho à luzE dar às minhas assombraçõesA clareza que me negaram.2021-03-2100 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 09 - LavandaLavandaThiago LucariniOs lençóis ainda têm o cheiro de lavandaRetido nos poros macios da sua ausência.É uma fragrância frágil que me rouba, já que não sou forte nas noites, e que me faz regarAs flores bordadas, fazendo-as exalar a falta de um jardim em mim.Levanto-me como uma abelha sem ferrão e voo baixo pelo quarto, abraçado a lençóis de lavanda,Envolto em flores falsas, velando por um amor que nunca mais te2021-03-1400 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 08 - Enterro de um amigoEnterro de um amigoThiago LucariniA pá se atirou sobre o caixãoEm busca da cálida e calejada mãoQue pelo seu corpo tanto andou.Eram cúmplices na diária missão.Em função, porém inconformadaA pá jogou o último punhadoDe terra barata sobre o perdido.Chorou a pá o póSecas lágrimas vermelhasNem uma rosa rubra pôde comprar.A pá no sacrilégio...2021-03-1400 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 07 - O homem que banha o mortoO homem que banha o mortoThiago LucariniO que pensa o homem que banha o morto?O que pensa o morto que é banhado pelo homem?Que segredos trocam? Que palavras compartilham?Precisa o morto de tamanha vaidade?Ser limpo e vestido com tamanha elegância?(Será tudo isso coisa do homem, do mortoOu pura exigência da fria sepultura?!)Sepultura que só guarda em teu útero estérilCoisas limpas e bem vestidas, afinal, dela2021-03-1400 minSiga a LuzSiga a LuzEp. 24: Os espíritos que atormentaram a vida da minha vóIluminados, neste episódio vocês ouvirão: Relato 1 - LIMOEIRO: Relato enviado pelo Paulo, onde ele nos conta a história de uma mulher que tem a chance de mudar de vida ao receber uma riqueza de um espírito, mas que a rejeita por não querer compartilhar com um desafeto.  Relato 2 - OS ESPÍRITOS QUE ATORMENTARAM A VIDA DA MINHA VÓ: Relato enviado pelo Gabriel e pela Bruna. Bruna narra a história de vida da sua avó em como ela foi atormentada por toda a sua vida por espíritos em especial...2021-03-0915 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 06 - À mesaÀ mesaThiago LucariniA partir dos deslizes ingratos da tristezaEnfeites translúcidos pingam sobre a mesa.Rolam mundos e incertezas, mudos,Escavados de um interno tempo nublado.Dos méritos vencidosAo elo de afeto rompidoA borda da mesa é precipício.Os olhos naufragam no rostoÀ medida que a dor se agrava.Dedos tontos brincam de Caronte, e conduzemOs talheres a uma felicidade jamais alcançada.São pedaço...2021-03-0701 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 05 - LithiumLithiumThiago LucariniTomo estes comprimidosFarsantes coloridos, antidepressivos,Como uma galinha se afogando em milho.A solidão acende sua chamaNo quarto vazioDeste tolo, triste e sozinho.Tudo em mim chora a perdaDe quem se foi para nunca mais voltar.O lençol é meu fantasma particular,Não há assombro maior que não amar,O travesseiro oferta descansoÁs lágrimas cansadas de caírem.Rest...2021-03-0700 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 04 - Último caféÚltimo caféThiago LucariniÉ tarde para um último caféO líquido quente esfriou no bule.Xícaras tristes choram seus torrões de açúcar perdidos,Solitárias, cada qual, em seu pires é levada à derrocada,Naufragam nas mãos bêbadas dos avessos apaixonadosCom uma mesa que se faz um mar de distância entre si.Começa a chover lá fora de mimEnchendo as xícaras pálidas de água límpida.O café esfriou no cora...2021-03-0700 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 03 - Ausência de roupaAusência de roupaThiago LucariniFeito uma roupa velha, às vezes,Pego um amor passado e o visto.Sempre sozinho, não ouso torná-loPúblico às lágrimas em mim.E numa prova de resultado antes já achado,Eu tento desamassar amarguras,Remendar buracos deixados pelo descaso,Em vão, atar botões feitos de ausência.A roupa velha traz ao corpoUm novo abraço de último adeus,Que não ser...2021-02-2800 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 02 - ChuvaChuvaThiago LucariniNuvens melancólicasPor que sempre choram?Estar no alto não lhes basta?Eu sei! Meu coração uma vez tambémEsteve no alto sob a luz do amor,Mas de falsa precipitação escureceu.Rapidamente vi o tempo fecharO sol nublou-se. Formou-se tempestade.E eu disse ao tempo natural das coisas:“Se chover, que seja chuva mansa,pois tempestade por tempestadetrago uma dentro de...2021-02-2801 minCemitério dos InfinitosCemitério dos InfinitosPoesia 01 - Forca e EnforcadoForca e EnforcadoThiago LucariniDaqui de cimaVejo tudo diferente.Dedos apontados: sou culpado!Inquisição moralista, impaciente.Deposita em mim sua coroa de culpa.Daqui de cimaPela primeira vez encaro a vida do altoMeu cadafalso também é libertação.Flores nascem aos meus pés antes de eu deitarE o horizonte é tão lindo e vasto.Daqui de cimaNão tenho mais medo, pois no céu...2021-02-2802 minSuco de UmbivisSuco de UmbivisSDIvis Hallis 10 - Morte e vida cloroquinaA décima edição do SdIvis Hallis traz o prefeito que deseja a própria morte para inaugurar um cemitério, o retorno dos infinitos Netinhos na saga que se recusa a morrer e a esperança de dias melhores, que é a última que morre.2020-08-1310 minMultiverso XMultiverso XContos do Multiverso.:01 | O CemitérioReproduzir Em Uma Nova Aba - Faça o Download- Arquivo Zip   Acompanhado de Hall-e, a fiel imediata digital, o explorador de universos Ace Barros viaja pelos mais infinitos cantos dos cosmos coletando e catalogando histórias, das mais conhecidas às inéditas. Cada universo é único, embora alguns mantenham semelhanças menores, e em cada um deles existem causos, dramas, épicos e tragédias esperando para serem conhecidas. Neste conto inicial, Ace visita um distante e sombrio ponto do universo nascido da reinterpretação de clássicos infantis pela mente doentia de Abu Fobiya, outrora conhecido como Fábio Yabu, e encontra companhi...2018-02-2312 minContra o Nazismo PsíquicoContra o Nazismo Psíquico09.Soco na NévoaSoco na névoa O Paradoxo: A enfermeira comenta sobre os fetos que ficam no útero além do tempo necessário, suas unhas crescem e como são finas, eles se cortam no rosto, sua pele se descola do corpo, eles evacuam e depois de comerem as próprias fezes sem terem nascido morrem e apodrecem. A Porta: Fumando uma idéia dentro desse açougue metafísico : É quase impossível não pensar no paradoxo quando irrompe nas esquinas, a humanidade com sua corrompida verticalidade que jamais se tornará o diamante sonhado pelo SER em Bento Prado Jr. se proliferan...2013-01-0811 min