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Adelina Moura

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Em Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 105 - Memorial do Convento - Leitura Cap. I a IXAdaptação do Manual “Sentidos 12”, Asa2021-02-0707 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 104 - Memorial do Convento - Síntese da açãoAdaptação do Manual “Sentidos 12”, Asa2021-02-0707 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 103 - Memorial do Convento - Organização da históriaOrganização da História- Da História à metafição historiográfica • Reescrita da História oficial: de uma maneira descomplexada e livre, paródica e subversiva: com objectivos de reavaliação crítica e desconstrutiva, sempre na óptica do dominado/explorado da narrativa história oficial. Relevância dos grandes episódios, em vários campos: • Religião (procissões católicas: Quaresma, Corpo de Deus, etc.) • Justiça (Autos de Fé, no princípio e no fim da narrativa) • Trabalho (transporte épico da grande pedra de Benedictione) • Ciência (experiências da Passarola – Pe. Bartolomeu Lourenço) • Diversão (Carnaval, touradas, etc. – “pão...2021-02-0702 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 102 - Memorial do Convento - Título e açãoTítulo e linhas de acção "Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes. Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido. Era uma vez." Assim começa Saramago o seu romance Memorial do Convento. A história não se perde em reais ostentações, antes vive nas ruas ao lado do povo, levada por Baltazar e Blimunda e um padre voador. Ao intitular o seu romance Memorial...2021-02-0701 minCarne EspertaCarne Esperta#49 'Preocupa-me quando vejo os meus alunos entediados' Profa. Adelina Moura | CE PodcastPara aprender sobre a inteligência humana, a máquina "BIS" entrevista Adelina Moura, Professora de Português e Colaboradora do Plano Nacional de Leitura 20-27.Subscreva para não perder novas entrevistas.#carneesperta #smartmeathttps://twitter.com/carneespertahttps://www.instagram.com/carneespertahttps://www.tiktok.com/@carneespertahttp://fb.me/carneesperta http://m.me/carneesperta https://www.linkedin.com/company/carneespertahttps://open.spotify.com/show/2H7YXepIPLgRGlam0SUkCYhttps://podcasts.apple.com/pt/podcas...2021-02-0637 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 113 - Análise do poema "voltas a mote ", Vasco Graça MouraA poema a quem recorrer Ao verso que a aramem viva Ou ao poeta que nela morre? há hoje razões de sobra pra que a razão se desforre nas respostas que desdobra nestas questões de mio de obra: a poesia a quem morre? se os sentimentos desata ou prende a dor que se esquiva e a frouxa oficina a mata. o próprio excesso a arrebata no verta que a mantém viva. e assim lançada no voo desde que as regras não borre, algumas vezes passou ou à vida urna, ou ao poeta que nela morr2020-03-0902 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 101 - Análise do poema "voltas a mote ", Vasco Graça MouraA poema a quem recorrer Ao verso que a aramem viva Ou ao poeta que nela morre? há hoje razões de sobra pra que a razão se desforre nas respostas que desdobra nestas questões de mio de obra: a poesia a quem morre? se os sentimentos desata ou prende a dor que se esquiva e a frouxa oficina a mata. o próprio excesso a arrebata no verta que a mantém viva. e assim lançada no voo desde que as regras não borre, algumas vezes passou ou à vida urna, ou ao poeta que nela morr2020-03-0102 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 69 - Análise do poema "Visitações - ou poema que se diz manso", de Ana Luísa AmaralDe mansinho ela entrou, a minha filha. A madrugada entrava como ela, mas não tão de mansinho. Os pés descalços, de ruído menor que o do meu lápis e um riso bem maior que o dos meus versos. Sentou-se no meu colo, de mansinho. O poema invadia como ela, mas não tão mansamente, não com esta exigência tão mansinha. Como um ladrão furtivo, a minha filha roubou-me inspiração, versos quase chegados, quase meus. E mansamente aqui adormeceu, feliz pelo seu crime.2019-11-0702 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 68 - Análise do poema "Técnica vs Artesanato", de Ana Luísa AmaralVou falar de uma coisa: comprei computador, aparelho de larga inteligência e letra certa. Fascinaram-me os bips, a linguagem decifrada e tensa, as letras (ou quase todas) a caberem. Pensei: que bom será sem precisar de folha, os meus poemas na fase inicial pelo écran. E comecei na escrita: um toque leve, em intermédio bips, e a palavra fugindo desabrida. Perseverei (que os tempos urgem e a poesia já não doce folha de linhas, já não tempo parado, antes segura e galopante técnica). Mas faltava-me o risco, os meus traços por cima das palavras, ...2019-11-0703 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 67 - Análise do poema "Câmara escura", de Ana Luía AmaralSão assim as memórias: coisas cheirando a sol, outras a morte, algumas a pequenos sons metálicos que convém afiar Em tom de contrabaixo um rouco saxofone devagar, no tempo Persistem-se nos cheiros, como nuvens, contas em trança de pequeno terço: a terra ou o assado, o leite ou o suor da maior agonia Cofre guardado muito mais que em cor, velocidade em teor do universo, de precisão tão mais que a fotografia Ana Luísa Amaral in "Às vezes, o Paraíso", 19982019-11-0702 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 66 - Análise do poema "Soneto do Soneto", Vasco Graça Mouracatorze versos tem este soneto de dez sílabas cada, na contagem métrica portuguesa; de passagem, o esquema abba dá esqueleto aos versos do começo: a engrenagem podia ser abab, mas meto aqui baab: destarte, preto no branco, instabilizo a sua imagem. teria, isabelino, uma terceira quadra, cddc e ee final, em vez de dois tercetos com quilate sempre de ouro no fim, de tal maneira porém o engendrei continental que em duplo cde tem seu remate.2019-11-0303 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 65 - Análise do poema Vou por ruas / vou por praçasVou por ruas, vou por praças por onde à noite derivo arcadas, paredes baças luzes trémulas, escassas e silêncios de que vivo [bis] rente ao baixo casario vou por húmidas vielas chega-me o cheiro do rio e confio e desconfio a desoras, sem cautelas [bis] e por isso em cada muro cada porta e cada esquina te procuro e me procuro por teu corpo me aventuro e o teu rosto me ilumina [bis] ai, ai, amor, e o teu rosto me ilumina sigo pois no labirinto de Lisboa a horas tardas vou perdido mas pressinto ou sei...2019-11-0303 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 64 - Análise do poema "Soneto pardacento", Vasco Graça MouraSoneto pardacento estou em bruxelas de segunda a quinta: há livrarias. não se come mal. dos aviões, talvez eu me ressinta: voos por ano faço cento e tal. na europeia babel, rios de tinta correm em cada língua oficial. um dia, quando os quinze forem trinta, deixa de haver europa ocidental. das vénus que delvaux pintou, nenhuma entre os espelhos e a melancolia das gares e das luas, quando a cinza do dia a dia as almas desarruma em flamenga e francófona rezinza. burguês. à chuva. adeus. sem maresia. (Vasco Graça Moura)2019-11-0303 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 63 - Análise do poema "Padrão" inserido na 2ª Parte da Mensagem de Fernando PessoaPADRÃO O esforço é grande e o homem é pequeno. Eu, Diogo Cão, navegador, deixei Este padrão ao pé do areal moreno E para diante naveguei. A alma é divina e a obra é imperfeita. Este padrão sinala ao vento e aos céus Que, da obra ousada, é minha a parte feita O por-fazer é só com Deus. E ao imenso e possível oceano Ensinam estas Quinas, que aqui vês, Que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português. E a Cruz ao alto diz que o que me há na alma E faz a febre...2019-10-2205 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 18 - Análise do poema Horizonte - MensagemÓ mar anterior a nós, teus medos Tinham coral e praias e arvoredos. Desvendadas a noite e a cerração, As tormentas passadas e o mysterio, Abria em flor o Longe, e o Sul siderio 'Splendia sobre as naus da iniciação. Linha severa da longínqua costa - Quando a nau se approxima ergue-se a encosta Em árvores onde o Longe nada tinha; Mais perto abre-se a terra em sons e cores: E, no desembarcar, há aves, flores, Onde era só, de longe a abstracta linha. O sonho é ver as formas invisíveis Da distancia imprecisa, e, com sensiveis M...2019-10-2205 minEm Discurso Direto IIEm Discurso Direto IIEpisódio 107 - Análise do poema Dies IraeDies Irae Apetece cantar, mas ninguém canta. Apetece chorar, mas ninguém chora. Um fantasma levanta A mão do medo sobre a nossa hora. Apetece gritar, mas ninguém grita. Apetece fugir, mas ninguém foge. Um fantasma limita Todo o futuro a este dia de hoje. Apetece morrer, mas ninguém morre. Apetece matar, mas ninguém mata. Um fantasma percorre Os motins onde a alma se arrebata. Oh! maldição do tempo em que vivemos, Sepultura de grades cinzeladas, Que deixam ver a vida que não temos E as angústias paradas! Miguel Torga, in 'Cântico2019-10-1903 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 100 - Análise do poema "Se Helena apartar"Mote Se Helena apartar do campo seus olhos, nascerão abrolhos. voltas A verdura amena, gados que paceis, sabei que a deveis aos olhos d' Helena. Os ventos serena, faz flores d' abrolhos o ar de seus olhos. Faz serras floridas, faz claras as fontes... Se isto faz nos montes, que fará nas vidas? Trá-las suspendidas, como ervas em molhos, na luz de seus olhos. Os corações prende com graça inumana; de cada pestana uma alma lhe pende. Amor se lhe rende e, posto em giolhos, pasma nos seus olhos.2018-02-1803 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 99 - Análise do poema "Saudade minha"Mote Saudade minha. Quando vos veria? Voltas Este tempo vão, Esta vida escassa, Para todos passa, Só para mim não. Os dias se vão, Sem ver este dia, Quando vos veria. Vede esta mudança Se está bem perdida: Em tão curta vida, Tão longa esperança! Se este bem se alcança, Tudo sofreria, Quando vos veria. Saudosa dor, Eu bem vos intendo; Mas não me defendo, Porque ofendo Amor. Se fosseis maior, Em maior valia Vos estimaria. Minha saudade. Caro penhor meu, A quem direi eu Tamanha verdade? Na minha vontade, De noite e de...2018-02-1803 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 98 - Análise do poema "Descalça vai para a fonte"Descalça vai para a fonte Lianor pela verdura; Vai fermosa, e não segura. Leva na cabeça o pote, O testo nas mãos de prata, Cinta de fina escarlata, Sainho de chamelote; Traz a vasquinha de cote, Mais branca que a neve pura. Vai fermosa e não segura. Descobre a touca a garganta, Cabelos de ouro entrançado Fita de cor de encarnado, Tão linda que o mundo espanta. Chove nela graça tanta, Que dá graça à fermosura. Vai fermosa e não segura.2018-02-1804 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 97 - Análise do poema "Aquela cativa"Endechas a Bárbara escrava A üa cativa com quem andava d´amores na Índia chamada bárbora. Aquela cativa Que me tem cativo, Porque nela vivo Já não quer que viva. Eu nunca vi rosa Em suaves molhos, Que pera meus olhos Fosse mais fermosa. Nem no campo flores, Nem no céu estrelas Me parecem belas Como os meus amores. Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados, Mas não de matar. U~a graça viva, Que neles lhe mora, Pera ser senhora De quem é cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os lou...2018-02-1805 minEm Discurso Directo IEm Discurso Directo IEpisódio 96 - Análise do soneto "Alma minha gentil, que te partiste"Alma minha gentil, que te partiste Tão cedo desta vida descontente, Repousa lá no Céu eternamente, E viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento Etéreo, onde subiste, Memória desta vida se consente, Não te esqueças daquele amor ardente, Que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer-te Algũa cousa a dor que me ficou Da mágoa, sem remédio, de perder-te, Roga a Deus, que teus anos encurtou, Que tão cedo de cá me leve a ver-te, Quão cedo de meus olhos te lev2018-02-1802 min